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TRANSPORTE COLETIVO

Comec refuta risco e ressalta segurança do novo sistema de bilhetagem dos ônibus

Ministério Público do Paraná (MP) apura suspeita de fraude na implantação dos novos validadores, cujos dados agora serão geridos pelas próprias viações

Novos equipamentos estão em fase de testes e devem entrar em operação no próximo dia 6 | gerson klaina/tribuna do parana
Novos equipamentos estão em fase de testes e devem entrar em operação no próximo dia 6 (Foto: gerson klaina/tribuna do parana)

Um dia após a publicação da reportagem que mostrou a abertura de uma investigação no Ministério Público do Paraná (MP) para apurar suspeita de fraude na gestão do sistema de bilhetagem das linhas metropolitanas, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) emitiu uma nota para garantir que terá controle total do sistema e que a autorização dada à Metrocard foi condicionada à apreciação do projeto técnico pela Celepar e ao atendimento de critérios rígidos de fiscalização e transparência pública.

A análise do caso será feita pela promotora Cláudia Cristina Martins Madalozo – da promotoria de Proteção ao Patrimônio Público. Ela recebeu uma denúncia anônima que aponta para o risco de que os dados do transporte metropolitano sejam manipulados para serem apresentados à Comec. Os novos validadores dessas linhas serão gerenciados pela Metrocard, associação sem fins lucrativos formada pelas próprias viações.

Segundo o denunciante, “tal possibilidade se mostra concreta diante de possíveis práticas adotadas pela Transdata no âmbito do Distrito Federal”. Na capital federal, o Tribunal de Contas local entendeu que a bilhetagem deveria ser gerida por empresa sem vinculação com as viações. O órgão também apontou para falhas técnicas que indicavam vulnerabilidade do sistema. A Transdata, fornecedora dos equipamentos do distrito federal e das linhas metropolitanas integradas de Curitiba, refuta os problemas e as acusações.

Segundo a Comec, o risco apontado pelo denunciante não existe na região metropolitana de Curitiba. O órgão afirma que o novo sistema de bilhetagem permitirá o acompanhamento, em tempo real, do transporte, possibilitando o controle e o gerenciamento da frota, sua operação, pontos de conflito e sobrecarga, bem como o carregamento de passageiros e estatísticas. Disse também que apenas seguiu uma lei federal ao permitir que as próprias viações façam o gerenciamento da bilhetagem.

Curitiba

Na capital, esse papel é desempenhado pela Urbs – que administra um fundo público onde são recebidas as tarifas pagas com cartão-transporte. Os recursos desse fundo são atualizados diariamente no Portal da Transparência do município, portanto ao alcance de qualquer cidadão. Mas o sistema da capital não passa incólume a polêmicas.

No último dia 29, o Tribunal de Contas do Paraná (TC) publicou acórdão no qual sugere que a prefeitura faça uma licitação da bilhetagem. À época em que a Dataprom foi contratada, ocorreu uma subcontratação via Instituto Curitiba de Informática (ICI) – órgão que já não participa mais da bilhetagem da cidade. Desde o final de 2013, todo o sistema de prestação de serviços de implantação e manutenção da bilhetagem da cidade, incluindo os validadores, foi entregue à Urbs. Atualmente essa manutenção continua a cargo da Dataprom. Mas a empresa vinculada à prefeitura já anunciou que pretende licitar o serviço, o que vir acompanhado de novos equipamentos.

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