Dois visitantes indesejáveis insistem em aparecer a muitos homens e mulheres, normalmente após os 65 anos: Parkinson (mal que emperra os movimentos) e Alzheimer (mal que tira a consciência e a lucidez). Em ambos, o sofrimento se estende à família, que muitas vezes se julga impotente diante da progressiva degeneração dos entes.
Os males são incuráveis e os sintomas irreversíveis, mas a impotência de parentes e amigos se restringe a isso. Muito se pode fazer para retardar a progressão das duas doenças e amenizar o sofrimento dos pacientes sem falar no apoio aos próprios cuidadores, como são chamados as pessoas (parentes ou não) que acompanham e convivem com os enfermos.
Em Curitiba, a maior referência no tratamento dessas enfermidades é a Unidade de Atenção ao Idoso da Praça Ouvidor Pardinho. Ligada à Secretaria Municipal da Saúde, a unidade oferece gratuitamente tratamento com fonoaudiologia, terapia ocupacional, oficinas de memória (para Alzheimer), hidroterapia (para Parkinson). Há também assistentes sociais e psicólogos de plantão, além de grupos de apoio às famílias.
A regional paranaense da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) funciona na unidade. "Geralmente orientamos os clínicos para que encaminhem os pacientes com diagnóstico de Alzheimer à associação", conta a fisioterapeuta Sandra Dias de Souza, presidente da ABRAz no estado. "Aqui repassamos informações sobre a doença e procuramos acolher o paciente e seus familiares."
Os pacientes também têm à disposição terapias alternativas na unidade, como massoterapia e acupuntura, além de atividades recreativas. "Também temos convênios com universidades, que auxiliam no tratamento", acrescenta Sandra.
Em relação aos portadores de Mal do Parkinson, o atendimento é mais amplo. Além da unidade da Ouvidor Pardinho que, em parceria com a Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo (APPP), oferece 14 tipos de atendimentos, bem como atividades sociais e de lazer , há o Hospital de Clínicas e a própria sede da APPP, no Alto da XV, que também prestam atendimento ao paciente.
Para se inscrever na associação, basta uma contribuição mensal mínima de R$ 20. Segundo a coordenadora-geral da APPP, Elisa Barichello Grolli, o atendimento via associação é mais rápido. "Em média, leva-se de seis a oito meses para conseguir um especialista na doença de Parkinson nos postos. Conosco o encaminhamento não leva mais do que dois meses", enfatiza.
Serviço: Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) Unidade de Atenção ao Idoso da Praça Ouvidor Pardinho. Telefones: (41) 3321-2820 e 0800-55-1906 (plantão). Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo (APPP) - Rua Reinaldino S. de Quadros, 323, Alto da XV. Telefone (41) 3014-5618.



