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A abertura de concurso para professores nas universidades federais do país – anunciada pelo ministro da Educação Fernando Haddad – vai apenas amenizar o problema no estado. Segundo o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Augusto Moreira Júnior, das 2.250 vagas anunciadas, no máximo 100 devem ser destinadas para a instituição. O total é insuficiente para preencher as cerca de 285 vagas hoje destinadas a substitutos (são 255 e há concurso para mais 30).

O problema não é específico da UFPR. De acordo com a Andifes, associação formada pelos reitores, as 55 federais precisam de 8 mil professores. É exatamente o dobro das vagas abertas durante o governo Lula: além das anunciadas agora, há outras 1.750 vagas já abertas em dezembro de 2005 para as universidades recém-criadas e novos câmpus das que já existiam (caso da UFPR Litoral).

Carência

Para se ter uma idéia da carência de docentes na UFPR, em 2002 o número de professores concursados na ativa era de 1.952. Em 2006, esse número caiu para 1.698. Uma diminuição de 13% por conta, sobretudo, das reformas previdenciárias que anteciparam aposentadorias. Em contrapartida, o número de alunos cresceu no mesmo período. Eram 17 mil, em 2002. Hoje são 21 mil estudantes – elevação de 23%. "Além dos cerca de 100 novos professores que devem ser contratados a partir dessa portaria, a UFPR precisaria de mais uns 200 docentes", calcula o reitor.

O reitor conta que a distribuição das novas vagas para professores será feita pelo Ministério da Educação (MEC), de acordo com o tamanho da universidade – definido pelo número de alunos. Com isso, dá-se a porcentagem das vagas a que a instituição tem direito. "Essa distribuição será definida em uma reunião, no próximo dia 8. Acredito que a UFPR terá cerca de 4,3% das novas vagas", diz o reitor.

De acordo com Moreira Júnior, depois de definido o número de vagas para cada universidade, o MEC deve levar cerca de duas semanas para distribuí-las por meio de portaria. Com isso, as federais têm seis meses para estarem com os novos professores em plena atividade – depois, é claro, do concurso público. "Mas pretendemos ser mais rápidos. Até maio devemos estar com os novos docentes nas salas de aula", planeja.

Sobre a distribuição desses novos professores dentro da UFPR, Moreira Júnior explica que isso será feito de acordo com a necessidade departamental. No entanto, cerca de 10% das vagas são reservadas a emergências e alocadas de acordo com parecer da reitoria. "As Licenciaturas, assim como os cursos de Terapia Ocupacional e Direito, são os que precisam de professores com mais urgência", revela.

Já no câmpus do litoral da UFPR, com as 10 novas vagas para professores destinadas (em dezembro de 2005)s, o reitor Carlos Augusto Moreira Júnior prevê a abertura, em breve, de um novo curso de graduação em Matinhos. De acordo com ele, as principais opções são Educação Física e Serviço Social. "Ainda estamos estudando as possibilidades, mas deve ser um desses dois", afirma.

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