Diminuição no número de conflitos não significa redução na violência. É o que mostra um relatório elaborado pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT). Na comparação parcial de 2009, até o dia 15 novembro, em relação ao mesmo período do ano anterior, observou-se uma diminuição na quantidade de conflitos no campo registrados em todo o país 942 em 2008 contra 731 em 2009. A mesma redução, porém, não foi sentida nos índices de violência. Em 2008, a cada 47 conflitos houve um assassinato. Já em 2009 ocorreu um assassinato a cada 36,5 conflitos. As tentativas de assassinato passaram de 36, em 2008, para 52, em 2009.
E o que chama mais a atenção: o número de torturados saltou de 3, em 2008, para 20 em 2009. Das 20 pessoas torturadas, 14 eram do Rio Grande do Sul. O Sudeste, região mais industrializada e mais desenvolvida no país, registrou o maior aumento no número de conflitos e de violência no campo. E, numa tendência inversa à do país, a região apresentou crescimento no número de ocupações, passando de 56 para 95, um aumento de quase 70%. O número de novos acampamentos triplicou, passando de 2 para 6.
"Temos percebido um aumento da violência e um certo refluxo dos movimentos organizados. Os assassinatos não têm diminuído e, em alguns lugares, têm até aumentado", afirma o coordenador nacional da CPT, Dirceu Fumagalli.
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