A favela do Moinho, na região central de São Paulo, foi palco de mais um protesto na noite de quinta-feira (20). Moradores e guardas civis ficaram feridos.
Segundo moradores, a confusão começou quando homens da Guarda Civil Metropolitana (GCM)tentaram impedir que moradores construíssem novos barracos na área onde ocorreu um incêndio, na segunda-feira (17). Os moradores, que acusam os guardas de truculência, revidaram com paus e pedras.
"O pessoal estava tentando reconstruir umas casas e a prefeitura não deixou, pois há risco de placas de concreto caírem do viaduto [Orlando Murgel, interditado após o incêndio]. Aí o pessoal se revoltou e apedrejou nossos carros. Três guardas ficaram feridos com pedradas", disse Jovelino Eduardo Junior.
A GCM usou bombas de efeito moral, gás de pimenta e balas de borracha para conter o protesto. Ao menos cinco moradores mostraram à reportagem ferimentos pelo corpo.
"Fui apaziguar a briga e os guardas me empurraram, deram um tiro na minha perna e jogaram uma bomba no meu pé", disse a moradora Alessandra Moja Cunha, 28.
Segundo os moradores, um homem conhecido como Carioca foi baleado com dois tiros na perna e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro da Barra Funda.
A GCM diz que não foram usadas armas de fogo. A Polícia Militar, inclusive homens da Tropa de Choque, foi acionada, mas não chegou a se envolver no confronto. A polícia disse que um representante da GCM foi ao hospital para checar o estado de saúde do homem baleado.
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