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Paralisação

Confronto entre PMs e Exército fere 6 na BA

Cerca de 300 policiais grevistas mantêm acampamento na Assembleia Legislativa da Bahia. Mais de mil militares cercam o local

Policial baiano em greve foi ferido no rosto por tiro de bala de borracha durante o confronto com a Polícia do Exército | Raul Spinassé/Folhapress
Policial baiano em greve foi ferido no rosto por tiro de bala de borracha durante o confronto com a Polícia do Exército (Foto: Raul Spinassé/Folhapress)
Polícia Federal entrou no tumulto para tentar cumprir 11 mandados de prisão contra líderes grevistas |

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Polícia Federal entrou no tumulto para tentar cumprir 11 mandados de prisão contra líderes grevistas

Os cerca de 300 policiais militares que acampam na Assembleia Legislativa com os familiares desde o dia 31, quando teve início a paralisação parcial da PM na Bahia, estão cercados desde ontem de manhã por cordões de isolamento formados por militares do Exército ao redor do prédio Até o fim da tarde, houve três pequenos confrontos, quando foram lançadas bombas de efeito moral e disparados tiros com balas de borracha. Seis pessoas ficaram feridas, sem gravidade.Entre os feridos estão um cinegrafista da TV Bandeirantes, que sofreu sangramento nasal depois de uma bomba de efeito moral explodir perto dele, e um fotógrafo do Governo, atingido no braço por uma bala de borracha.

O cerco teve início anteontem à noite com os cortes no fornecimento de energia elétrica e de água no prédio. Equipes do Exército monitoravam a área em carros e helicópteros. Armados, os policiais grevistas foram divididos em equipes para vigiar a movimentação nos arredores e ficaram de prontidão durante toda a madrugada para uma eventual invasão do Exército. Por volta das 5 horas, os grevistas afastaram a imprensa e iniciaram a movimentação para tentar bloquear o acesso principal ao Centro Admi­­nistrativo da Bahia (CAB), onde fica a Assembleia.

Conflitos

A movimentação foi a justificativa para a entrada de 600 integrantes das tropas do Exército, por volta das 6 horas. O primeiro conflito ocorreu às 7h30, quando um grupo que tentava levar mantimentos aos amotinados foi impedido pelas forças federais. Balas de borracha foram disparadas contra o chão, uma delas atingiu o pé de um integrante do grupo que se dizia de familiares dos grevistas.

Até o fim da manhã havia 1.050 homens do Exército nos arredores da Assembleia. Um grupo de 20 agentes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal também foi ao local na tentativa de cumprir os 11 mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes grevistas. Segundo o comando da greve, nove dos foragidos deixaram a Assembleia anteontem à noite.

Cerca de 500 policiais simpatizantes do movimento grevista foram impedidos de entrar na Assembleia. A chegada de mais PMs paralisados forçou o Exército a fazer um segundo cordão de isolamento em volta do prédio, englobando os novos manifestantes e a imprensa, e a fechar as entradas do CAB.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, chamou de "vandalismo" a atitude de al­­guns dos policiais grevistas. Já o tenente-coronel Márcio Cunha, da 6.ª Região Militar, descartou a possibilidade de invasão da Assembleia.

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