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A criação de canais para denúncias de crimes contra crianças e adolescentes, o convênio das polícias com a Interpol (Polícia Internacional), para que se tenha um banco de dados internacional sobre pedófilos, e o levantamento de estatísticas confiáveis a respeito do abuso sofrido por esses jovens estão entre as metas estabelecidas pelos representantes de 170 países que estiveram reunidos no 3º Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O encontro, no Centro de Convenções Riocentro, teve a participação de 3.500 pessoas e a cobertura de 262 jornalistas de todo o mundo.

As metas estabelecidas têm prazo de cinco anos para serem cumpridas até o próximo congresso. "O congresso trouxe novas esperanças na abordagem do problema da exploração sexual de crianças e adolescentes. Trocamos informações sobre as abordagens e estratégias que funcionam. A Declaração de Resultados do Rio mostra o caminho que devemos seguir", disse o oficial de proteção da criança do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), Abubacar Sultan.

A subsecretária da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Carmem Oliveira, reconheceu que a grande dificuldade do País é a falta de dados confiáveis a respeito da exploração de crianças e adolescentes. "Temos levantamentos importantes dos conselhos tutelares, das delegacias especializadas, do sistema de saúde, dos disque-denúncias, mas não temos estatísticas confiáveis. Temos que trabalhar nisso", afirmou.

O representante da Unicef para América Latina e Caribe, Neils Kastberg, disse que o importante no congresso é que o silêncio em torno do assunto foi quebrado. Ele defendeu que as escolas adotem o tema da educação sexual. "Falar sobre educação sexual não é ensinar uma jovem a pular na cama de um estranho, mas que ela tenha ferramenta para enfrentar o abusador. Uma menina que saiba dizer 'não me toque' está mais protegida do que aquela que nunca ouviu falar no assunto", disse.

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