As obras iniciais da ala de queimados do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, que começariam na próxima sexta-feira (10), foram suspensas por uma liminar expedida pela Justiça do município no último dia 4. O mandado de segurança para suspender as obras foi impetrado pela construtora NDalmina, que ficou em segundo lugar no processo de licitação feito para escolher a empresa que responsável pelos serviços. Segundo a construtora, a empresa vencedora não cumpre com todas as exigências do edital.
Segundo o advogado da NDalmina, Maurício Monteiro de Barros Vieira, foi alegado que a Construtora Brock, vencedora do processo, não tinha vínculo com um engenheiro eletricista nem possuía em seu acervo técnico a construção de uma ala hospitalar de pelo menos 2,1 mil metros quadrados, construídos em uma única vez. Ambas as condições eram exigidas no edital.
Vieira informou que o juiz responsável acatou o argumento do acervo técnico e, por isso, deferiu a liminar que suspendeu as obras. "Tomamos conhecimento desta liminar no dia 6 [segunda-feira]. Agora, temos que aguardar, ver o que vai acontecer, se essa liminar vai perdurar ou não", comentou o advogado.
A construtora NDalmina chegou a entrar com recurso administrativo para contestar o resultado da licitação, mas os responsáveis pelo edital não acolheram o recurso e finalizaram o processo.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), responsável pelo HUOP, confirmou que o recurso administrativo foi negado, e disse que já recorreu à Justiça para cassar a liminar.
Segundo a universidade, não há nenhuma desconformidade quanto à empresa vencedora. Enquanto o imbróglio judicial perdurar, as obras da ala ficarão suspensas.
Procurada, a construtora Brock informou que o responsável pela empresa retornaria à reportagem, o que não aconteceu até o fim da tarde desta quarta.
