O Consórcio Mendes Júnior/Schahin, responsável pelas obras da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, pediu rescisão do contrato e paralisou as obras. A empresa alega desequilíbrio econômico-financeiro para continuidade do trabalho.
O prazo para conclusão do campus, que estava previsto para novembro deste ano, não será mais cumprido. Atualmente, apenas 40% da obra, avaliada em R$ 260 milhões, foi executada. O ritmo de trabalho começou a diminuir a partir do dia 18 de junho. O assunto será tratado em uma audiência judicial de conciliação marcada para o dia 14 de agosto.
O reitor da universidade, Josué Modesto dos Passos Subrinho, conta que o consórcio alega desequilíbrio econômico-financeiro de R$ 50 milhões e atribui responsabilidades à Unila. No entanto, setores técnicos da universidade não conseguem comprovar a culpa. "Nós não detectamos um fundamento sólido para esse reequilíbrio econômico-financeiro", diz.
O argumento do consórcio tem base na detecção de uma falha geológica no início das sondagens, que não havia sido rastreada. Essa condição alterou projetos de fundações dos prédios.
O campus da Unila está sendo construído em uma área anexa à Itaipu Binacional em um terreno de 45,7 hectares doados pela hidrelétrica. Por enquanto, a instituição de ensino funciona em vários prédios, incluindo espaços no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI).
