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Transporte coletivo

Contratempos no 1.º dia útil de ônibus sob concessão

Algumas linhas da empresa Expresso Azul registraram atraso por causa de problemas operacionais

Curitiba está próxima da greve do transporte público. | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Curitiba está próxima da greve do transporte público. (Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo)

O primeiro dia útil de operação das empresas de ônibus após a entrada em vigor do novo contrato de concessão, assinado depois da licitação ocorrida neste ano, apresentou problemas pontuais nas linhas operadas pelas novas empresas. A Urbanização de Curitiba (Urbs) – gerenciadora do sistema de ônibus da capital – não apresentou um balanço da alteração de contrato e possíveis falhas no início do novo modelo, porém, a Gazeta do Povo apurou ontem que a frequência de algumas linhas estava irregular, houve atrasos e aconteceram problemas nos cartões de motoristas e cobradores. Na maioria das linhas, não houve alterações e o sistema funcionou normalmente. No domingo, os três consórcios que participaram da licitação (Pontual, Transbus e Pioneiro) iniciaram a operação do sistema já sob o contrato de concessão. Com isso, quatro novas empresas passaram a operar: Auto Viação São José (Pioneiro), Santo Antônio (Pontual), Expresso Azul e Araucária (Transbus). Elas são empresas metropolitanas que substituem três empresas de Curitiba que não conseguiram participar da licitação por problemas fiscais: Água Verde, Carmo e Curitiba. Dessas três, a Carmo e a Curitiba foram "ab­­sorvidas" por empresas metropolitanas, ou seja, as metropolitanas continuaram a operar com a mesma estrutura. So­­mente a Água Verde foi substituída pela Expresso Azul, que entrou com frota nova e nova administração nas linhas. Ontem, a reportagem apurou problemas nos ônibus gerenciados pela Expresso Azul.

O ponto inicial das linhas Caiuá, Fazendinha, Vila Isabel e Santa Quitéria na Praça Rui Barbosa acumulavam filas de passageiros, que reclamaram da demora. A auxiliar de lavanderia Vanda Jastrombek esperou uma hora para pegar o ônibus da linha Santa Quitéria. "Cheguei aqui às 17h20 e agora (18h15) encostou o primeiro ônibus. É falta de respeito com as pessoas." Outra passageira, a confeiteira Elizabete Konze Mees, também reclamava que teve dificuldade para pegar ônibus em direção ao centro. "Esperei 40 minutos no ponto."

Perto das 18 horas, a linha Caiuá saiu com mais de 20 minutos de atraso porque o motorista não conseguia "abrir a seção", ou seja, registrar o cartão dele no aparelho de bilhetagem eletrônica dentro do ônibus. Ele só conseguiu liberar o veículo depois de outro motorista bater o cartão no lugar dele.

"Sem problemas"

O administrador da Expresso Azul, Alessandro Zem, disse que a operação ontem foi tranquila e que ele não tinha informações sobre atrasos ou falhas. "Isso não nos consta. Existiu apenas algumas mudanças de horário", justificou. Ele confirmou ainda que a empresa começou a operação no domingo e colocou na rua 97 ônibus novos. "Cem por cento dos nossos ônibus são novos", falou. Sobre os problemas de bilhetagem de motoristas e cobradores, ele disse que a responsabilidade é da Urbs, que gerencia o sistema.

Nem a Urbs, nem o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metro­­po­­lita­­na (Setransp) atenderam aos pedidos de entrevistas ontem para falar sobre a mudanças de sistema e dos problemas pontuais ocasionados pela alteração.

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