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ABASTECIMENTO

Coração do Cantareira tem nível abaixo dos 10%

Os reservatórios Jaguari e Jacareí, considerados o coração do Sistema Cantareira - maior fonte de água para a Grande São Paulo -, ficaram pela primeira vez na história abaixo dos 10% de sua capacidade ontem, atingindo 9,9%. As duas represas, que são interligadas e funcionam como uma, armazenam 808 bilhões dos 973 bilhões de litros água do sistema, que é levado em conta na divisão para abastecimento da Grande São Paulo e interior.

Levando em conta as outras três represas menores do Cantareira (Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro), o nível do sistema ontem chegou a 15,8% - o menor patamar desde que foi criado, em 1974. O problema é a falta de chuvas nos rios e represas do sistema desde dezembro.

Quando atingir 5% de sua capacidade, o Cantareira deixará de funcionar como sistema integrado (que reserva e transfere água de uma represa para outra por túneis) e só será possível tirar água dele por bombas especiais. O uso da água do fundo das represas (chamado "volume morto") nunca foi feito.

Risco

O uso do tal "volume morto" do sistema pode causar um colapso no abastecimento de água da Grande São Paulo e nos rios do interior do estado, além de colocar em risco a economia do país. A afirmação é do Consórcio PCJ, uma associação que reúne prefeituras, indústrias e entidades de 43 cidades da região de Campinas, Piracicaba e Jundiaí.

A retirada dessa água pela Sabesp foi autorizada pelo governador Geraldo Alckmin. A companhia já está fazendo obras que permitam a retirada desse volume, de cerca de 400 milhões de litros de água.

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