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Estudo

Correios têm de apresentar relatório de segurança nas agências

Uma audiência entre Correios e a 3ª Vara do Trabalho de Curitiba, realizada na tarde de ontem, determinou que a empresa deve apresentar em 20 dias um estudo sobre a segurança das agências que prestam o serviço de banco postal. Além do estudo, a empresa terá de divulgar todos os boletins de ocorrência realizados nas unidades do Paraná desde 2007.

No estado, das 375 agências dos Correios, 369 funcionam como banco postal. Nessas agências, os clientes podem abrir contas correntes e realizar pagamentos, depósitos e outras movimentações financeiras. A empresa e o Banco Bradesco são réus de uma ação civil pública, movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Pelo processo, cada uma das agências dos Correios que oferece o serviço de banco postal deve instalar portas giratórias com detector de metais e contratar vigilantes armados. Segundo o MPT, o número de assaltos nas unidades dos Correios aumentou 616% em três anos.

O procurador Ricardo Bruel da Silveira afirma que não houve acordo porque os Correios não aceitaram as medidas de segurança mencionadas na ação civil. A empresa propôs instalar portas de segurança em somente duas das 369 agências com banco postal e contratar 23 vigilantes desarmados, nos próximos 12 meses. Também foi proposta a reavaliação da segurança das agências a cada ano. Tais ações foram consideradas insuficientes pelo procurador. "Entendemos que o risco é inerente à atividade e esse risco deve ser minimizado com urgência", afirmou.

Um funcionário que trabalha nos Correios há 17 anos foi ouvido na audiência. Ele era umas das três testemunhas intimadas, e segundo o Sindicado dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom), o trabalhador contou que enquanto estava na agência do bairro Uberaba, em Curitiba, sofreu quatro assaltos à mão armada. De acordo com o funcionário, a presença de um vigilante desarmado não intimidava os bandidos. "Desde que a porta com detector de metais foi instalada na agência, não houve mais assaltos", afirmou.

A assessoria dos Correios informa que as ações de segurança na empresa variam de acordo com a necessidade de cada local, e não concorda que a instalação de portas de segurança seja a melhor maneira de diminuir a violência.

Correspondências

Após nove dias do término da greve dos carteiros no Paraná, a entrega das correspondências ainda não está regularizada. O prazo para a regularização é de 20 dias, de acordo com Nilson Rodrigues dos Santos, secretário do Sintcom. "O volume é muito grande, cerca de um milhão de correspondências por dia", afirma.

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