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Cena de "Acossado" de Godard, de 1960 | Divulgação/Impéria Filmes
Cena de "Acossado" de Godard, de 1960| Foto: Divulgação/Impéria Filmes

Curitiba – O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR), integrante da CPI do Apagão Aéreo, disse ontem, em Curitiba, que as principais causas da crise do setor aéreo são problemas de gestão e o contingenciamento de recursos. Ele e mais 16 deputados e 2 senadores visitaram o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II). Pela manhã, quatro dos parlamentares, incluindo Fruet, foram até Urubici (SC) conhecer o Destacamento de Proteção ao Vôo do Morro da Igreja. As visitas fazem parte do trabalho de apuração da CPI.

O objetivo seria compreender o funcionamento do sistema de controle do tráfego aéreo. A questão é saber se o tempo da visita é suficiente para isso. "Quem vai conhecer em uma hora?", questiona Fruet. Para ele, o mais importante é combater o processo contínuo de contingenciamento de recursos para a Aeronáutica. O deputado Celso Russomanno (PP-SP), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, afirmou que esta comissão está apurando os motivos do contingenciamento às Forças Armadas.

Aparentemente alheios a esta preocupação, os parlamentares, de uma forma geral, ficaram satisfeitos com o que viram e ouviram durante o tempo em que estiveram no Cindacta II, sempre acompanhados de oficiais da Aeronáutica. Para o paranaense Takayama (PAN), não é possível falar em apagão aéreo, mas em problemas causados pelo clima, nem existem buracos no sistema aéreo. Rodrigo da Rocha Loures (PMDB-PR) também não poupou elogios e garantiu que é seguro voar no Brasil.

Mais realista, o gaúcho Vieira da Cunha (PDT), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, disse que é preciso levar em consideração que não há sintonia entre o que dizem os controladores de tráfego aéreo e o comando da Aeronáutica. De acordo com ele, este é um sinal claro de que algo está errado e deve ser investigado. O Cindacta II começou a operar em 1985. A partir de outubro, receberá novos equipamentos e passará a ser o mais moderno do país. Os equipamentos usados hoje são antigos, mas não obsoletos, garantem os militares.

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