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Sanguessugas

CPI espera ouvir amanhã ex-ministros

Brasília – A CPI dos Sangussugas espera ouvir, na semana que se inicia, os quatro ex-ministros da Saúde que ocuparam a pasta no período de atuação da máfia das ambulâncias. A comissão marcou os depoimentos dos tucanos José Serra e Barjas Negri para amanhã. Na quarta, a CPI espera ouvir o petista Humberto Costa e Saraiva Felipe (PMDB).

Até ontem, nenhum dos ministros enviou ofício à CPI confirmando presença. Como os quatro foram convidados a depor, e não convocados, eles não são obrigados a comparecer.

Assessores de Costa e Barjas confirmaram presença informalmente ao presidente da comissão, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). Mas oficialmente, a CPI não foi comunicada sobre a presença dos ministros.

Os parlamentares apostam especialmente na ausência de Serra. Como governador eleito de São Paulo, parte dos integrantes da oposição reconhece que seria um desgaste desnecessário ao ex-ministro comparecer à comissão neste momento.

A CPI quer esclarecer as denúncias de envolvimento de funcionários do Ministério da Saúde no esquema de compra superfaturada de ambulâncias – que ficou conhecido como a máfia das ambulâncias.

Serra e Barjas estiveram à frente do Ministério entre 1998 e 2002, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Costa e Saraiva chefiaram a pasta entre janeiro de 2003 e julho de 2005, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Envolvimento

Além das investigações sobre venda de ambulâncias, Negri também é investigado no caso do dossiê contra tucanos que seria comprado por petistas. O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse na após analisar os documentos que compõem o dossiê contra políticos do PSDB e outros partidos, que há fortes indícios de envolvimento de Negri e o empresário Abel Pereira com os sanguessugas.

"Posso afirmar que as provas são suficientes para que a investigação seja aprofundada. Já formei a minha convicção a esse respeito. A documentação envolve o ex-ministro Barjas e Abel Pereira de forma contundente", disse Biscaia.

"É um material que permite o início da investigação, mas a meu ver, pelo que está aí (em poder da comissão), não há nada que justifique uma ação criminosa", afirmou o deputado, que admite ainda não ter analisado em detalhes o material relativo ao dossiê.

Segundo Biscaia, os documentos são cópias de alguns lançamentos bancários, uma petição do empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, ao juiz de Cuiabá (MT), em que ele relata o envolvimento de Barjas Negri e Abel Pereira no esquema da compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento, além de imagens nos CDS de solenidade políticas de entregas de ambulâncias.

No último dia 22 de outubro, quando obteve cópia do dossiê, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPMI, disse que o material ficaria trancado no cofre da comissão e só seria avaliado após as eleições.

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