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A CPI da Pedofilia vai tentar descobrir se os cinco suspeitos de exploração sexual de crianças em Catanduva, no interior de São Paulo, têm ou tiveram conexão com uma rede de pedofilia desmontada pela Operação Carrossel da Polícia Federal, realizada em 2007 e em 2008.

A informação é do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da pedofilia, que nesta terça-feira (17) conversou com promotores públicos e com a juíza da Vara de Infância e da Juventude de Catanduva, Sueli Juarez Alonso. De acordo com ele, se essas ligações forem comprovadas, o número de suspeitos em Catanduva pode ser muito maior.

Até agora, as investigações apontam para seis suspeitos presos e dois foragidos."Supeito tem muito até porque já existe operação da Polícia Federal, da própria Operação Carrossel. Apreenderam um computador aqui de um acusado de pedofilia e distribuição de pornografia para todo o país. Então tem mais gente suspeita. A gente não está achando a liga delas - da operação Carrossel - com esse fato aqui. O número de suspeitos pode ser muito maior."

Malta disse que a CPI da Pedofilia vai buscar verificar se entre o material apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Carrossel há foto das crianças que relataram abusos em Catanduva. "Por isso é necessário chamar a operação da Polícia Federal e nós o faremos, para encontrar a liga disso", afirmou o senador.

O presidente da CPI esteve nesta terça-feira no Fórum de Catanduva onde acompanhou o depoimento de seis crianças vítimas de abuso sexual. Pouco antes de o senador chegar, uma das crianças passou mal e desmaiou ao ficar frente a frente com acusados - dois rapazes com menos de 18 anos acusados de atentado violento ao pudor.

Uma das mães também passou mal e teve que ser hospitalizada. Pela manhã, o presidente da CPI reuniu-se com promotores do Ministério Público que acompanham a investigação.

Audiência

A CPI da Pedofilia vai ouvir nesta semana acusados de integrar a suposta rede de exploração sexual de crianças entre seis e 12 anos. Entre os convocados a depor, um empresário e um médico da cidade continuam foragidos. Se eles não comparecerem, a CPI deverá aprovar um pedido para que sejam localizados pela Polícia Federal.

Agenda

O pai de duas crianças que dizem ter sido vítimas dos abusos deverá participar do primeiro dia de audiênca na Câmara Municipal, nesta quarta. Além dele, serão ouvidos a delegada Maria Cecília de Castro Sanches, recentemente afastada do caso, e o diretor de escola Edmilson Sidney Marques e uma coordenadora da pastoral católica.

Ainda na quarta-feira, a CPI pretende ouvir o empresário que até a tarde desta terça-feira permanecia foragido.Também estão previstos os depoimentos do borracheiro preso em janeiro sob acusação de abuso de menores em um inquérito que deu origem às denúncias sobre pedofilia em Catanduva. Também será ouvido o sobrinho dele, que voltou a ser preso sob a mesma acusação.

A CPI prevê ouvir na quinta-feira cinco acusados, entre os quais o médico foragido e outros quatro acusados detidos em 26 de fevereiro, após passarem por sessão de reconhecimento com dez crianças.

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