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flagrante

Crianças foram amarradas em creche de Curitiba

Vinte crianças com idades entre 2 e 3 anos estavam presas em cadeiras. Diretora alegou que era para que elas não se machucassem

Funcionários da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba flagraram na manhã de ontem, em uma escola particular de educação infantil, no bairro Uberaba, cerca de 20 crianças entre 2 e 3 anos amarradas às cadeiras com um lençol. O nome e o endereço do estabelecimento não foram divulgados pela prefeitura, Vigilância Sanitária e nem pelo Conselho Tutelar.

Via assessoria de imprensa, a Vigilância Sanitária informou que fez registros em vídeo da situação e acionou imediatamente o Conselho Tutelar. A prefeitura explica que os fiscais faziam uma inspeção de rotina. Segundo a conselheira tutelar Maria Terezinha Giovanella, só a diretora do estabelecimento e a cozinheira trabalhavam no local quando o Conselho chegou. "Ela disse que fez isso para não se machucarem", explicou.

Dez minutos

De acordo com Maria Terezinha, a diretora alegou que ia sair por dez minutos para comprar um cartão de telefone. A linha telefônica do estabelecimento estaria com problemas técnicos. "Vamos tomar todas as medidas necessárias. Não há argumento algum para a atitude que a creche tomou", disse a conselheira.

O Conselho Tutelar ligou para todos os pais, que buscaram os filhos. Maria Terezinha informou que as crianças não estavam machucadas. "Agora vamos à busca de vagas para essas crianças [em outras creches]", frisa. Os pais, segundo relatou o Conselho, pagam R$ 550 por mês para manter os filhos na creche e não quiseram se pronunciar sobre o ocorrido.

Investigação

Procurada pela reportagem, a delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) Sabrina Alexandrino informou que ainda não recebeu qualquer informação sobre o que foi constatado na creche. Ela diz que é importante que os pais e responsáveis pelas crianças compareçam ao Nucria para prestar queixa e, dessa forma, uma investigação possa ser aberta sobre o caso.

A partir de hoje, o Conselho garantiu que vai acionar o Ministério Público do Paraná e a polícia, para que uma investigação formal possa ser instaurada.

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