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Fabiana, do Ministério do Turismo: gastronomia é atrativo | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
Fabiana, do Ministério do Turismo: gastronomia é atrativo| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Trajetos ferroviários turísticos são prioridade

A recuperação dos trajetos ferroviários com potencial turístico foi uma das prioridades de ação discutidas durante o 1.º Encontro Na­­cio­­nal das Cidades Históricas e Turísticas, realizado em Pa­­ranaguá. Os participantes também citaram a importância de capacitar os guias, montar um inventário das atrações de cada localidade, pa­­dronizar a sinalização tu­­rís­­tica e criar um critério para definir o que é uma ci­­dade histórica e turística.

O diretor de Estruturação e Articulação Turística do Mi­­nistério do Turismo, Ricardo Moesch, informou que o go­­verno federal quer organizar a oferta de produtos históricos para preservar os locais tombados, mas, ao mesmo tempo, aumentar o número de visitantes.

O diretor executivo do Serviço Social das Estradas de Ferro (Sesef), Jorge Moura, disse que a prioridade do grupo será aproveitar os ramais ferroviários com potencial turístico. Ele acredita que a primeira atitude no Paraná é melhorar o tempo do passeio. "O trem está permanentemente sob atrasos na sua operação." Para Moura, o turista não pode levar de 4 a 5 horas para fazer o per­­curso entre Curitiba e Para­­naguá só porque a prioridade é o transporte de cargas.

Não adianta nada ter casarios preservados, ruas com mais de 300 anos de história e museus repletos de utensílios para recontar o passado de uma região se todos esses itens não vierem acompanhados de atividades culturais e passeios organizados para atrair e entreter o turista nas cidades históricas. Esta foi a principal lição discutida nas últimas quinta e sexta-feira em Paranaguá, durante o 1.º En­­­­contro Nacional das Ci­­da­­des Históricas e Turísticas. Re­­presentantes de 48 localidades participaram da discussão promovida pelo Minis­­tério do Turismo. Paranaguá, que teve a região central tombada em maio pelo Instituto do Patri­­mônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), participou e tentou aprender com experiências bem sucedidas de outras cidades.

Um dos locais apresentados pelo Ministério do Turis­­mo como referência no uso do pa­­trimônio histórico como fer­­ramenta turística foi Para­­ty, no litoral sul do Rio de Ja­­neiro. O secretário adjunto de Cultura da cidade, Amaury Barbosa, explicou que o diferencial lá foi envolver e integrar os empresários e a comunidade na organização de atividades turísticas. "Não adianta ter um hotel maravilhoso se o turista não tem o que fazer no entorno dele." Ele explicou que a oferta de eventos, como festas religiosas, festivais de cultura e cinema ajudaram a "vender" o turismo de Pa­­raty, além de destacar a cultura local. Ele lembrou o caso da dança de ciranda. "Os jovens não estavam interessados em pegar uma rabeca para tocar. Hoje já criaram a Ciranda Elétrica".

Para a técnica da Coordenação de Segmentação do Ministério do Turismo, Fabiana Oliveira, a criação de um circuito turístico é primordial. Ela ressaltou ainda a gastronomia como um diferencial importante. "O barreado, em Para­­naguá, é um grande atrativo". Fabiana defendeu que as cidades invistam na criação de um grupo gestor, para discutir a organização de "mapas" do turismo.

O presidente da Fundação de Turismo de Paranaguá, Luis Fer­­nando Gaspari, disse que a mobilização dos empresários será primordial para alavancar o setor turístico. "Precisamos do envolvimento da iniciativa privada." Uma das formas de conseguir isso, segundo ele, será através da Agência de Desenvol­­vimento do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná, a Adetur Litoral.

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