Dois adolescentes foram vítimas de violência sexual e física em Ponta Grossa, entre a tarde de terça-feira e a madrugada de ontem. No primeiro caso, um garoto de 13 anos denunciou o vizinho de 51 anos por oferecer dinheiro em troca de favores sexuais. Na segunda situação, uma menina de 12 anos que se prostituía foi agredida com socos e pontapés pelos clientes, de 33 e 24 anos. O homem de 51 anos vai responder o inquérito em liberdade, enquanto que os dois agressores foram presos em flagrante pela PM.
Na casa do vizinho do garoto, foram encontrados revistas e DVDs com conteúdo erótico, além de imagens de adolescentes arquivadas no computador. Segundo o superintendente da 13ª Subdivisão Policial, Elter Garcia, não foi caracterizado o flagrante, mas o acusado foi indiciado e o material encontrado em sua casa foi apreendido para ser periciado.
Já os agressores da adolescente foram encaminhados para o presídio Hildebrando de Souza após prestar depoimento na delegacia. Eles responderão por estupro, pelo fato de a garota ter apenas 12 anos. Além dela, mais três amigas na mesma faixa etária teriam se envolvido com os agressores. Conforme a conselheira tutelar Tânia Daniel elas estão em situação de exploração sexual infantil e algumas já foram encaminhadas para abrigos.
No último dia 4, a polícia de Ponta Grossa já havia registrado um caso de pedofilia. Um estudante de 19 anos foi preso depois de ter sido encontrado com imagens de crianças e adolescentes nus em seu computador pessoal. O material foi apreendido e está sendo periciado.
Assassinatos
Desde novembro do ano passado, crimes sexuais contra crianças e adolescentes têm chocado a região. No dia 8 de novembro, em Castro, nos Campos Gerais, a estudante Alessandra Subtil Betim, de 8 anos, foi estuprada e morta por dois rapazes, que foram presos dois dias depois do crime. O delegado Getúlio de Moraes Vargas está concluindo o inquérito neste mês e diz que investiga a participação de mais pessoas na violência.
A morte de Alessandra ocorreu poucos dias depois do assassinato da estudante Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos, que teve seu corpo deixado em uma mala na estação rodoferroviária de Curitiba. O pai da menina, Michael Genofre, lançou há um mês a ONG Infância Livre Basta de Pedofilia. Ele afirma que já estão sendo elaborados projetos e que está tendo apoio de toda a comunidade.



