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Brasília, DF – A crise política ameaça condenar o Brasil a mais um período de baixo crescimento econômico, temem representantes do setor produtivo. Até duas semanas atrás, havia a expectativa de que o clima de disputa se acalmaria após as eleições, qualquer que fosse o resultado, abrindo espaço para o Legislativo retomar as votações das medidas necessárias para destravar o crescimento. Agora, há risco de a crise se prolongar e manter o Congresso paralisado.

No fim da semana retrasada, o temor de uma crise de governabilidade atingiu os analistas do mercado financeiro e reviveu-se por alguns momentos o nervosismo pré-eleitoral de 2002. Na tarde desta sexta-feira, o clima já estava mais calmo. "Não sabemos como ficará o cenário político", disse ao Estado o presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Moreira Ferreira. "Mas precisamos ter esperança. O Brasil é maior do que os buracos que surgem no caminho e a gente renasce dos desastres."

"No cenário político, ficou incerto o que vai acontecer", concorda o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e ex-ministro do Planejamento, Martus Tavares. Ainda assim, ele trabalha numa nova versão para o projeto de lei que determina o papel das agências reguladoras e espera apresentá-lo ainda este ano, após as eleições.

As entidades da indústria elaboraram uma espécie de roteiro a ser seguido pelo novo presidente, para a economia voltar a crescer, com dez prioridades: redução do gasto público, tributação, infra-estrutura, financiamento, relações de trabalho, desburocratização, inovação, educação, política comercial e acesso a mercados e meio ambiente.

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