John Picciano aponta as diferenças de se trabalhar em uma cidade que foi considerada como a pior dos Estados Unidos e aquela que foi apontada no ano passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) como a mais segura do Brasil. "O crime é o mesmo em qualquer lugar. A filosofia de combater o crime que é diferente".
O ex-policial não sabe dizer se os dados da pesquisa do Ipea contribuíram para o aumento da criminalidade maringaense, mas lembra que há na cidade muitos jovens ociosos, vandalismos, famílias com posses e localidades próximas pobres. Ele cita como exemplos de violência urbana os prédios públicos com pichações, prostituição no centro da cidade, entre outras situações comuns em Maringá, mas não aceitáveis em Nova Iorque. Outra diferença é que na cidade americana os agentes de trânsito usam uniforme policial, vigiam, orientam a população e não só aplicam multas, como no município paranaense.
Prestação de contas
Picciano diz que nos EUA o chefe de polícia precisa dar satisfações diariamente ao prefeito sobre o trabalho policial. E que nos EUA não há o "jeitinho brasileiro": em grandes prédios públicos, as pessoas não entram sem identificação, é feita uma cópia do documento, o visitante é fotografado e recebe um cartão. (AI)



