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polêmica

Cunha deve apoiar projeto que reduz maioridade somente em caso de crimes hediondos

Eduardo Cunha prevê votação da PEC no próximo dia 30 no plenário

Com as movimentações do governo Dilma e de setores do PSDB em se unirem contra a redução da maioridade penal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ, deverá abandonar a defesa da redução linear dos 18 para os 16 anos e também a proposta de um referendo em 2016, junto com as eleições municipais. Em uma reunião na sua casa, na manhã desta quarta-feira, com integrantes do PSDB, PSB e SD, Cunha passou a articular o apoio ao projeto do senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), que reduz a maioridade somente em caso de crimes hediondos.

Nesta quarta-feira (10), a sessão da comissão especial que analisa o tema foi suspensa, após tumulto com manifestantes constrários à redução da idade penal. Mais cedo, Cunha afirmou nesta quarta-feira que a PEC será levada a plenário do próximo dia 30, independentemente das negociações feitas em torno de projeto de lei.

“O produto que sair da comissão, e vai sair um, qualquer que seja, eu levarei a plenário. Vou votar dia 30 de junho. Qualquer outra proposta, que também será muito bem-vinda, de lei ordinária, será votada em seguida. Primeiro vamos votar a PEC. Então, essa história de que vai buscar um consenso em cima do projeto de lei ordinária. Ele pode existir, mas não vai mudar a ideia de seu votar a PEC”, disse Cunha.

Desde que a presidente Dilma Rousseff passou a explicitar sua contrariedade com a redução da maioridade penal, o Planalto passou a trabalhar para impedir o avanço da emenda constitucional com este objetivo no Congresso. Em entrevista ao GLOBO, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu a união do PT e do PSDB contra a redução. Ontem, em Brasília, Alckmin se reuniu com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) para discutir alternativas à posição radical de Eduardo Cunha.

Como o assunto divide os tucanos, setores do PSDB passaram então a negociar com Cunha uma proposta intermediária, o projeto de Aloysio Nunes Ferreira. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foi procurado pelos dirigentes que estavam na reunião e sinalizou a favor do acordo.

O presidente da Câmara foi convencido pelos participantes da reunião em deixar de lado o referendo popular que ele propôs há duas semanas. O argumento usado foi o de que seria uma boa bandeira ao PT, principalmente em São Paulo, onde levaria a uma aproximação dos petistas com sua base eleitoral.

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