
As festas da passagem do ano e o calor atraem os curitibanos para o litoral do Paraná e Santa Catarina. Muitas festas e fogos de artifício estão na beira do mar nessas regiões, mas para quem permanece na capital também há alternativas para alegrar o último dia do ano, como juntar os amigos ou escolher um hotel para a ceia. Há 40 anos o engenheiro eletricista Giordano Grassi Perly passa a virada de ano em Curitiba. Ele e a família, cerca de 40 pessoas, se reúnem na casa dos pais, no bairro Cristo Rei, para festejar a chegada do ano-novo.
"Já é uma tradição na família. Sempre foi assim. Mesmo aqueles que querem ir para a praia passam aqui antes para depois viajar", diz. Perly encomenda vários fogos de artifício para a festa. A cada ano procura repetir aqueles que as pessoas mais gostaram, mas também experimenta coisas novas. "Vários vizinhos vão à casa do meu pai para ver os fogos. Como fica perto de um viaduto, muitas pessoas de outras casas e bairros assistem ao show de lá".
As lojas que vendem fogos de artifício sentem o aumento significativo de vendas após o Natal. De acordo com um dos proprietários da loja Lanza Fogos de Artifício, Moisés Lanza, as pessoas compram muito neste período. "A cada ano que entra temos um aumento que chega a 30%. Neste ano foi um pouco menor, 10%, mas mesmo assim não deixou de crescer como se esperava por causa da crise econômica", explica.
A procura, alta no mês de dezembro, cresce mais ainda entre os dias 25 e 31. De acordo com Lanza, muita gente procura os fogos para levar ao litoral do estado ou de Santa Catarina, mas o que mais vende é para quem vai permanecer em Curitiba. "Para quem está na praia a quantidade é grande, mas o número de pessoas que compram para ficar aqui é muito superior", diz.
Festa comunitária
Na favela do Parolin, região central da capital, a comunidade também se prepara para comemorar no local. Cerca de 600 famílias vão se reunir no barracão da associação de moradores para festejar. De acordo com o presidente da associação, Edson Pereira Rodrigues, eles receberam várias doações. "Compramos panetones, comidas, bebidas e fogos de artifícios. Para a ceia, cada família vai levar alguma coisa. Será como uma festa americana", conta.
A comunidade faz isso há seis anos mas, segundo Rodrigues, neste ano o número de doações foi menor por causa da enchente de Santa Catarina. "Muitos empresários acabaram mandando várias coisas para lá, mas mesmo assim faremos nossa festa. Nós já vemos muita violência e tristeza durante o ano todo. Esse é o dia que temos para nos agradarmos e festejar", diz Rodrigues. Os preparativos iniciam bem cedo no dia 31 e a festa começa a partir das 18 horas. Essa é a maior mobilização festiva que o Parolin faz durante o ano.
A prefeitura municipal da capital não fará nenhum evento para comemorar o réveillon. Segundo a assessoria de imprensa, não existe essa tradição na cidade porque não há procura. Durante o governo de Beto Richa nenhuma festa aconteceu. A assessoria informou que a única que houve foi no governo anterior e a prefeitura recebeu várias reclamações da população. Alguns hotéis da cidade oferecem ceias especiais. Para as pessoas que ficam sozinhas no dia 31 de dezembro e não possuem qualquer parente, a Paróquia Nossa Senhora das Mercês faz um jantar que acontece após a missa das 19 horas.
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Serviço
Paróquia Nossa Senhora das Mercês, avenida Manoel Ribas 966, Mercês. Inscrições até o meio dia do dia 31 pelo telefone 3335-5752.




