Uma mulher de 28 anos é o primeiro caso de gripe A (H1N1) autóctone em Curitiba em 2010. A mulher não saiu da cidade nem teve contato com pessoas infectadas, mas manifestou os primeiros sintomas em abril. Apesar de fazer parte do grupo prioritário do Ministério da Saúde, ela não havia tomado a vacina contra o vírus. As informações foram divulgadas ontem pela Secretaria Municipal de Saúde.
A paciente foi internada em um hospital privado e concluiu a recuperação em casa. Ela já retomou suas atividades normais. Até então, apenas um caso de gripe A havia sido confirmado na capital: o de um rapaz que desenvolveu a doença em janeiro, no retorno de uma viagem aos Estados Unidos.
A diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Karin Luhm, alerta que esse caso confirma que o vírus está em circulação na cidade. A orientação é de que as pessoas continuem tomando as medidas de prevenção e aquelas que foram convocadas devem receber a dose da vacina.
A campanha nacional de vacinação contra a nova gripe acaba na próxima sexta-feira. Para a última etapa de imunização foram convocados os adultos entre 30 e 39 anos. Cerca de 63% dos curitibanos que se encaixam nesse grupo ainda não receberam a dose do medicamento. A situação é um reflexo do que vem acontecendo no Paraná. O estado deveria imunizar 1,6 milhão de adultos entre 30 e 39 anos. Até as 18 horas de ontem, 499.546 pessoas haviam recebido o medicamento (30% do total).
Mais doses
A Secretaria de Estado da Saúde ainda aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde para a possibilidade de ampliação da campanha de vacinação no Paraná. A expectativa é de que, com o término da campanha nacional, as doses que sobrarem em outros estados possam ser encaminhadas para o Paraná.
Na última semana, o Conselho Regional de Medicina e a Associação Médica do Paraná entraram na Justiça para garantir que, independentemente da idade, todos os paranaenses recebam a dose da vacina.



