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Urbanismo

Curitiba deverá ganhar oito novos calçadões

Ainda sem data para sair do papel, vias exclusivas para pedestres seriam instaladas nos bairros mais populosos da cidade

Rua do bairro Sítio Cercado, na zona Sul: plano é que carros deem lugar aos pedestres, assim como ocorreu na Rua XV | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Rua do bairro Sítio Cercado, na zona Sul: plano é que carros deem lugar aos pedestres, assim como ocorreu na Rua XV (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)
Adriano Faustino diz que não há espaço para lazer e é a favor do calçadão, mas se preocupa com a segurança |

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Adriano Faustino diz que não há espaço para lazer e é a favor do calçadão, mas se preocupa com a segurança

Primeira via pública do país a ser fechada para carros, o calçadão da Rua XV de Novembro, inaugurado em 1975, finalmente servirá de inspiração para projetos em outros bairros de Curitiba. A prefeitura estuda a instalação de oito novos calçadões na cidade, um em cada uma das regionais que não contam com a via exclusiva para pedestres.

De acordo com Sérgio Pires, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), os calçadões deverão ser instalados nos bairros mais populosos de cada regional. "Pensamos em bairros como o Sítio Cercado, Boqueirão, Bacacheri, Tatuquara e Santa Felicidade", afirmou Pires.

Os calçadões vão ao encontro do Plano Municipal de Desenvolvimento Sustentável, que deve ser lançado em 2015, ano que marca os 50 anos do Ippuc. "Queremos juntar questões de mobilidade urbana com planos para que as pessoas trabalhem e tenham momentos de recreação sem grandes deslocamentos, estimulando uma vida melhor em comunidade", diz.

Apesar de adiantar a ideia, Pires preferiu não citar quais ruas poderiam ser fechadas para serem transformadas em calçadões. De acordo com o Ippuc, isso seria prematuro, tendo em vista que os estudos sequer começaram.

Aprovado

Antes mesmo de saber quais ruas poderão ser transformadas, moradores aprovaram a iniciativa. "Seria bom para concentrar nossos comércios, mas tem de ser completo, igual ao da [Rua] XV", diz a publicitária Isabel Venâncio da Silva, 58 anos, que mora há 45 na Rua Willian Booth, no Boqueirão. O bairro, segundo os moradores, carece de espaços para convivência.

De acordo com a vendedora Arenilda Muniz, 44 anos, cinco deles no Boqueirão, a única rua propícia ao lazer no bairro é a Maestro Carlos Frank, que concentra os principais restaurantes e barzinhos da região. "Lá as pessoas costumam ir às quintas-fei­­ras, mas é só isso", afirma.

Já no Sítio Cercado, bairro que pode ser o primeiro da periferia a ter o seu calçadão, o segurança Adriano Aparecido Faustino, 25, aposta na rua de lazer como alternativa às pizzarias.

"Aqui não tem espaço público de lazer. Se quisermos nos reunir, temos de ir para a pizzaria", afirma, antes de fazer uma ressalva. "Mas se forem colocar barzinhos com mesinhas tem de mandar segurança junto, porque, mesmo sem isso, já fazem algazarra".

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