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O que é aneurisma

Aneurisma é uma dilatação da artéria. O rompimento em si (hemorragia) é uma complicação do aneurisma.

A doença

Confira quando há risco de um aneurisma da aorta abdominal (AAA):

Aneurisma

Até 2 centímetros (cm) – tamanho normal.

Entre 3 e 5,5 cm – aneurismática, mas a dilatação pode ser tratada com remédios, dietas e atividade física. Neste caso, a mortalidade é de 5%.

A partir de 5,5 cm – é preciso operar, pois se o aneurisma romper, o risco de sobrevida é mínimo. Antes de rom­­per, a mortalidade é de 15%, mas, quando se rompe, a mortalidade é de 95%.

Fatores de risco

Fumo – causa calcificação da parede das artérias.

Alimentação gordu­ro­­sa e sedentarismo – pro­­vocam acúmulo de gor­dura.

Hereditariedade – por fatores genéticos, a parede das artérias mais frágil.

Diagnóstico

Por meio da ecografia da aorta, pois o AAA geralmente não apresenta sintomas.

Uma técnica desenvolvida por um professor da Universidade Positivo, em Curitiba, pode se tornar uma chance efetiva de cura para quem sofre de aneurisma da aorta abdominal (AAA), uma doença que atinge a maior artéria do corpo humano e, se diagnosticada no início, tem 95% de chance de cura. Porém, se o aneurisma se rompe, a estatística inverte e a morte chega a 95% dos casos.

O diferencial da cirurgia desenvolvida pelo cirurgião vascular Célio Teixeira Mendonça é que ela foi desenvolvida para pacientes que têm AAA do tipo pararrenal, ou seja, um aneurisma (dilatação da artéria) na região próxima às artérias renais, o que dificultava a colocação de próteses e stents no local.

Risco

Na maior parte dos casos, quando um paciente possui AAA – caracterizada por uma dilatação da aorta na região abdominal que ultrapassa 5,5 centímetros de diâmetro –, ele é classificado nas categorias de baixo ou alto risco. "O de baixo risco é o paciente com menos de 80 anos e sem histórico de doenças pulmonares e cardíacas. Nesse caso indica-se a cirurgia aberta para a colocação de uma prótese. No caso do de alto risco, quando paciente tem mais de 80 anos e possui histórico dessas doenças, indica-se a cirurgia endovascular, quando uma endoprótese é implantada dentro da aorta por meio de uma punção ou dissecção de artérias femorais nas virilhas", explica o médico.

A diferença da técnica, afirma Mendonça, é que, em casos normais de cirurgia endovascular, é possível colocar a endoprótese encaixando-a na aorta por pressão (na cirurgia aberta, a prótese é costurada). Para isso, é preciso que a distância entre a artéria renal mais baixa e o início do aneurisma – a parte ainda sadia da aorta – seja de 15 milímetros. O caso estudado por Mendonça era de alto risco, com dois aneurismas e não havia colo suficiente. O médico operou o paciente de forma experimental e o trabalho foi avaliado como inédito e publicado no European Journal of Vascular and Endovascular Surgery.

PráticaEntenda como a técnica foi aplicada para conter o aneurisma

A técnica desenvolvida pelo cirurgião vascular Célio Teixeira Mendonça foi usada pela primeira vez em um paciente de alto risco que tinha dois aneurismas: um de forma sacular e outro de aspecto fusiforme.

Ele colocou um stent dentro da aorta, cobrindo os dois aneurismas. O stent, que parece uma rede metálica, agiu em dois sentidos: formou uma gaiola em cima da região do aneurisma sacular, o que permitiu ao médico jogar dentro do aneurisma micromolas de platina que fizeram o sangue coagular no interior do local, impedindo a dilatação e que o aneurisma se rompesse. "Essa é uma técnica muito utilizada em aneurismas cerebrais, mas raramente usada na aorta abdominal", diz Mendonça.

No aneurisma fusiforme, pela falta de colo suficiente, a endoprótese de aorta foi implantada por dentro do stent, ficando presa nele através de minúsculos ganchos – em casos normais, é o stent que fica por fora. Essa manobra impediu que a endoprótese se deslocasse para baixo e o sangue escorresse para dentro do aneurisma, o que poderia ocasionar a rotura a curto ou médio prazo e a morte do paciente.

Um ano depois

De acordo com o médico, outras técnicas já usadas não eram apropriadas para o paciente. Atualmente, mais de um ano após a cirurgia, exames mostraram que os dois aneurismas diminuíram de tamanho e que o stent e a prótese continuam fixos no local apropriado. Será preciso, no entanto, que mais cirurgiões testem a técnica para comprovar a longo prazo a sua eficiência.

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