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População

Curitiba ganha 110 habitantes/dia

Em um ano, a capital paranaense ganhou 40 mil moradores – crescimento de 1,71% –, passando da marca de 1,8 milhão

Curitiba: a maior do Sul agora apresenta apenas crescimento vegetativo. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Curitiba: a maior do Sul agora apresenta apenas crescimento vegetativo. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)
Ranking das cidades mais populosas no Brasil, no Sul e no Paraná |

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Ranking das cidades mais populosas no Brasil, no Sul e no Paraná

Em apenas um ano, a população de Curitiba aumentou em pouco mais de 30 mil habitantes, passando da marca de 1,8 milhão de pessoas e atingindo um crescimento de 1,71%. Isso significa que, a cada dia, a capital paranaense ganha pelo menos 110 novos moradores, se forem consideradas as taxas de natalidade, mortalidade e fluxo migratório. Esta é apenas uma das constatações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou ontem um levantamento da estimativa populacional dos 5.565 municípios brasileiros em 2008. O estudo servirá de base para que o Tribunal de Contas da União faça o rateio do Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios no ano que vem.

De acordo com o estudo, o Paraná tem hoje 10,5 milhões de habitantes. Já a capital paranaense mantém a sétima posição no ranking das cidades brasileiras mais populosas e continua a ser a maior do Paraná em número de habitantes, seguida por Londrina e Maringá. Apesar de parecer um aumento significativo, Curitiba segue uma tendência de outras capitais brasileiras, como Fortaleza e Belo Horizonte, em registrar um crescimento apenas vegetativo, não sendo mais grandes pólos de atração do fluxo migratório, de acordo com o analista do Ibge no Paraná, Luís Alceu Paganotto. "A migração para Curitiba e região metropolitana cresceu na década de 1990 devido à instalação de um parque industrial forte, mas agora a tendência é que esses índices diminuam a cada década porque não há mais tantos atrativos para essa região", explica.

O professor Uraci Bonfim, do curso de Geografia da Universidade Tuiuti do Paraná, concorda com Paganotto. "Apesar de ainda ter um crescimento bom, Curitiba está ficando saturada já, assim como algumas cidades do interior do estado, como Londrina e Maringá, que estão atingindo sua capacidade máxima", comenta. Ele acredita que alguns desses municípios podem até cair de posição em alguns anos, sendo ultrapassados por outros que ainda têm atrativos fortes para o fluxo migratório. "Entre Maringá e Foz do Iguaçu, por exemplo, a diferença do número de habitantes não é tão grande, então é possível que daqui a quatro ou cinco anos tenhamos uma fixação maior em Foz, já que a cidade ainda atrai muitas pessoas pela grande oferta de empregos, principalmente relacionados ao seu caráter turístico."

Apesar de o Brasil ainda ter muitas cidades com índices elevados de crescimento populacional, é provável que o a população brasileira deixe de crescer ao fim dos próximos 30 anos, quando o país deverá ter em torno de 220 mi-lhões de pessoas. De acordo com o coordenador de População e Indicadores Sociais do Ibge, Luiz Antônio Pinto de Oliveira, isso deve acontecer porque a taxa anual de crescimento da população está em torno de 1,2% e 1,3%, mas a taxa de fecundidade tem recuado expressivamente. A população atual do Brasil, segundo o IBGE, é de 189,6 milhões de pessoas.

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