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Justiça

Curitiba terá mais cartórios, mas custos aumentarão

Quem precisa de documentos relacionados a imóveis em Curitiba deverá ter serviços mais ágeis nos próximos anos. Em 2003, quatro novos registros de imóveis foram criados na capital, após a promulgação da Lei 14.277, que definiu o novo Código de Organização e Divisão Judiciárias do Paraná. Outras cidades, como Maringá e Ponta Grossa, mesmo sendo comarcas menores, também terão novos registros. Os cartórios ainda não entraram em operação, porque não houve a definição de quem irá administrá-los. No entanto a agilidade também deve representar mais custo para os usuários.

Membro do Conselho Consultivo do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Luiz Antônio Cossio questiona a instalação de novos registros de imóveis em Curitiba. Na opinião do representante do Secovi, os quatro novos registros trarão mais ônus à população.

A argumentação de Cossio é feita a partir da necessidade de quem solicita financiamento para a compra de imóvel usando o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Para poder sacar o FGTS com esse fim, o interessado tem de provar que não possui nenhum outro imóvel em seu nome. Dessa forma, explica Cossio, a pessoa deve emitir certidões negativas em todos os cartórios da comarca. "Para provar que não possui imóvel, a pessoa não vai mais tirar nove certidões em Curitiba, e sim 13, o que gera mais custo", afirma.

Cada certidão custa R$ 4,20. No sistema atual, o interessado no financiamento paga R$ 37,80 pelas nove certidões. Quando os quatro novos registros estiverem funcionando, o gasto vai subir para R$ 54,60 – aumento de 44,4%. Já o registro custa entre R$ 132 e R$ 452, dependendo do valor do imóvel.

O desembargador Antônio Lopes de Noronha rebate a alegação de Cossio afirmando que a forma como os bancos exigem a averiguação de que o interessado não possui nenhum outro imóvel pode não ser pertinente. "Essa exigência pode não corresponder à realidade, já que a pessoa pode ter um imóvel em outra comarca, em qualquer lugar do país", afirma. Para Noronha, o coerente seria o banco exigir a comprovação de propriedade de imóveis por meio da análise da declaração do Imposto de Renda.

Leia mais sobre os novos cartórios em reportagem da edição impressa da Gazeta do Povo (acesso exclusivo para assinantes)

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