Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Liberdade de expressão

Curitibana vence Prêmio Francisco Cunha Pereira Filho

Resultado de premiação promovida pelo Instituto dos Advogados do Paraná foi divulgado ontem

Da esquerda para a direita: Luiz Edson Fachin (comissão julgadora), José Lucio Glomb (presidente da OAB-PR), Rogéria Dotti (presidente do IAP), Clèmerson Clève (comissão julgadora) e Guilherme Cunha Pereira (vice-presidente da RPC) | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Da esquerda para a direita: Luiz Edson Fachin (comissão julgadora), José Lucio Glomb (presidente da OAB-PR), Rogéria Dotti (presidente do IAP), Clèmerson Clève (comissão julgadora) e Guilherme Cunha Pereira (vice-presidente da RPC) (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo)

Com o trabalho intitulado A im­­prensa e a Liberdade de Ex­­pressão no Estado Democrático de Direito: análise da concepção de justiça difundida pelos meios de comunicação de massa, a jornalista e advogada Bianca Botter Zanardi, de Curitiba, foi anunciada ontem como a grande vencedora do Prêmio Francisco Cunha Pereira Filho, promovido pelo Instituto dos Advogados do Paraná (IAP). Com apenas 26 anos, graduada em Jornalismo pela Univer­sidade Positivo, em Direito pelo Centro Universitário Curitiba, e pós-graduada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, ela receberá R$ 50 mil de premiação, valor considerado um dos maiores já concedidos por um concurso de monografias jurídicas no Brasil. "Fiquei muito emocionada, sem conseguir falar", disse Bianca à reportagem, pouco depois de receber um telefonema da advogada Rogéria Dotti, presidente do IAP, comunicando-lhe o resultado.

Criado em tributo ao ex-diretor-presidente da Rede Paranaen­se de Comunicação (RPC), falecido no ano passado, o prêmio Fran­cisco Cunha Pereira Filho – que também foi presidente do IAP, entre 1969 e 1970 – será realizado a cada dois anos. "A intenção deste concurso é incentivar a produção cultural e científica dos ad­vo­­gados", explicou Rogéria Dotti. Nesta primeira edição, o tema foi: Liberdade de Expressão no Estado Democrático de Direi­to. "Não temos uma democracia madura no Brasil. Ainda há muito que se construir, e essa construção passa pela liberdade de ex­­pres­­são. Discutir o tema é algo memorável, em prol da sociedade", destacou o advogado Rodrigo Xavier Leonar­do, professor da Uni­­versidade Federal do Paraná (UFPR) e membro da comissão julgadora do prêmio. "Essa é a forma mais significativa de homenagem, pois perpetua o nome do meu pai, justamente na linha de atuação de toda a sua vida", afirmou Gui­­lherme Döring Cunha Pereira, vice-presidente da RPC.

E o atual momento das democracias (e das liberdades), sobretudo na América Latina, não poderia ser mais propício para a discussão do tema proposto pelo concurso. Foi o que afirmou o jurista Clèmerson Merlin Clève, professor da UFPR e coordenador da avaliação dos trabalhos concorrentes ao prêmio. "Este é um momento em que a liberdade de expressão corre riscos no continente americano", ponderou. "De fato, não há democracia sem liberdade de expressão", resumiu o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Lucio Glomb, idealizador da premiação quando era presidente do IAP.

Leia entrevista com a vencedora do Prêmio Francisco Cunha Pereira Filho, a jornalista e advogada Bianca Botter Zanardi, na página de Justiça do caderno Vida e Cidadania, da Gazeta do Povo, nesta sexta-feira.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.