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Museu Oscar Niemeyer: construção mais bonita da cidade na opinião dos curitibanos. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Museu Oscar Niemeyer: construção mais bonita da cidade na opinião dos curitibanos.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O morador de Curitiba é caseiro. “Ficar em casa” é o passa tempo preferido de 34%, seguido de “ir a igrejas” (25%) e “visitar amigos” (24%). É o que aponta a terceira pesquisa sobre qualidade de vida em Curitiba feita para a Gazeta do Povo pela empresa Brain. Entre as atividades culturais preferidas, outro programa caseiro fica no topo da lista: para 27%, ver filme e série de TV é o melhor programa. Já a visita aos museus é considerada uma atividade ruim para 51%. Curiosamente, o Museu Oscar Niemeyer (MON) é o mais citado na lista de “construção mais bonita” de Curitiba. “A gente vai a museu só na cidade dos outros”, brinca o consultor Fábio Tadeu Araújo. “Mas o MON já virou cartão postal da cidade.”

Whatsapp

A força do aplicativo de conversação WhatsApp chamou a atenção do consultor Fábio Tadeu Araújo. Questionados sobre quais redes sociais utilizam, por ordem de importância, o WhatsApp (42%) ficou quase lado a lado com o Facebook (43%). “Tem gente que tem de 20 a 30 grupos no Whats. Esse dado surpreendeu. Não achávamos que o potencial dele já era esse.”

A preferência pelos programas caseiros também pode estar ligada à questão da segurança. “Uma das hipóteses é a sensação de insegurança. As pessoas preferem desfrutar o tempo livre de maneira mais barata e segura, que é dentro de casa”, analisa Araújo.

Para o professor Cezar Bueno, “o recolhimento como a primeira opção é tendência universal”. “Vivemos numa sociedade do trabalho e do indivíduo. Quando se tem tempo, a opção é por ficar em casa. Inclusive porque a tecnologia ajuda. Hoje você acessa serviços sem sair de casa”, afirma. 

Perfil

Entre os entrevistados, boa parte (42%) não nasceu em Curitiba. Entre os moradores vindos de outras cidades, 82% já vive na capital do Paraná há mais de 10 anos. A maior parte do grupo de entrevistados é assalariada com carteira assinada (37%). Foram propostos questionários para 462 moradores da cidade, entre os dias 5 e 17 de março. A margem de erro é de 4,6%

Na avaliação do professor, políticas públicas de resgate do espaço público, como a iniciativa de fechar ruas apenas para pedestres no fim de semana, são importantes. “Existe uma cultura do medo, provavelmente provocada pela alta exposição da violência na mídia. O espaço público se tornou o espaço do estranho. Precisamos inverter essa lógica”, defende Bueno.

Um dos dados que chama a atenção na pesquisa, segundo Araújo, é a redução do público de feiras livres, como gastronômicas ou orgânicas. No ano passado, 37% dos entrevistados disseram que frequentavam esse tipo de feira, o número caiu para 22% ­neste ano.

Ir a restaurantes é o programa preferido para 16%. E, embora o tradicional bairro de Santa Felicidade continue sendo a região gastronômica mais frequentada (35%), lugares mais novos já são conhecidos do público, como Cabral Soho (frequentado por 12% e conhecido por 39%) e Batel Soho (frequentado por 11% e conhecido por 44%).

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