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Os dados da Google obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia no Brasil vão começar a ser usados por governos em todo o mundo para investigar crimes de abuso sexual e exploração sexual de crianças. No início do próximo mês, a CPI entregará ao governo da Índia os dados recolhidos a partir das informações do site de relacionamentos Orkut. Outros 64 países também vão usar as informações para tentar identificar supostos criminosos.

As informações foram dadas à reportagem pelo senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia, que está em Genebra para reuniões sobre o futuro da internet na ONU.

Em abril, a Google, proprietária do Orkut, entregou à CPI os dados referentes aos álbuns privados que tiveram o sigilo quebrado. Entre as informações estavam dados de acesso e fotos. Como o site é internacional, os dados não se limitam a cidadãos brasileiros.

Segundo Malta, mais de 500 usuários do Orkut foram flagrados em crime de pedofilia. Eles estão entre os donos de 3 261 álbuns privados do portal que tiveram o sigilo quebrado pela comissão. "Estamos esperando mais 18 mil álbuns privados e estimamos que possamos identificar cerca de sete mil pessoas", afirmou.

Com base nessas informações, a CPI investiga os responsáveis pela divulgação de imagens relativas à pedofilia. O objetivo será o de pedir o indiciamento dos envolvidos.

Segundo o senador, uma operação da Polícia Federal envolvendo cinco países já ocorreu graças aos dados obtidos pelo Brasil. Suspeitos já foram presos em Portugal, Israel e Sri Lanka. Outros países vão passar a usar os dados, entre eles a Alemanha.

A Índia é o segundo maior usuário do site, mas a Justiça não consegue autorização para romper o sigilo da empresa e consultar a base de clientes. "Diplomatas indianos vão ser convocados no Congresso no início de outubro e todos os dados serão entregues a eles", confirmou o senador.

Nesta terça-feira (16), em uma reunião na ONU para tratar da segurança na internet, Malta anunciou aos demais países que a base de dados coletadas pela CPI estava "à disposição de qualquer governo".

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