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O Fantástico conversou, neste domingo (19), com a ex-mulher do goleiro Bruno, Dayanne Souza. Ela vai a júri popular por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio. A jovem, ex-namorada do atleta, segundo o Ministério Público, foi morta em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em junho deste ano. Dayanne e outros três réus do caso Eliza foram soltos pela Justiça na sexta-feira (17), depois de ficarem mais de cinco meses presos.

Na entrevista, Dayanne, que tem duas filhas - de dois e de quatro anos - com o goleiro, contou sua versão para o que aconteceu com Eliza Samudio e sobre o que fez nos dias em que esteve no sítio de Bruno, no início de junho, quando encontrou com Eliza e tomou conta do bebê.

A jovem de 23 anos foi casada por seis anos com o goleiro e há dois anos está separada. Ela disse que o motivo da separação é o fato de o ex-marido ser infiel, "A gente se dá muito bem, nossas filhas e tudo mais, mas o Bruno era muito infiel , muito baladeiro. Sábado à noite... Isto foi pesando um pouco eu não aguentei. Aguentei por atá um certo tempo mas depois não agüentei".

Sobre os dias que passou presa no Complexo Penitenciário Estevão Pinto, em Belo Horizonte, Dayanne relatou que nunca foi molestada pelas outras detentas. "Eu fiquei 57 dias isolada, em uma cela sozinha. Depois eu fui para o alojamento. (Você nunca foi hostilizada?) Não, de forma nenhuma. Eu tive muita ajuda, elas me ajudaram bastante. Eu achei que ia ser totalmente diferente do que foi".

Dayanne também contou sobre a relação com suas filhas enquanto estava presa. "Os momentos mais tristes que eu diria era quando as minhas filhas iam na visita . Era tudo quando eu via as minhas filhas, mas na hora de elas irem embora, eu desmontava ali naquele momento", detalhou.

Sobre a hostilização do público quando era levada para audiências, Dayanne disse que tinha medo. "A população titularizou a gente como monstro, como você, assassino. O pessoal gritar assassino era terrível. Era muito triste você ser chamado de assassino".

A ex-mulher do goleiro foi presa no fim de junho, acusada de ter sequestrado o bebê de Eliza Samudio. Ela contou que cuidou da criança no sítio do goleiro, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e que esteve com a jovem no dia 10 de junho, dia em que, segundo a polícia, Eliza foi morta. "Ela ‘tava’ bem. Ela não pediu, não chegou perto de mim pra pedir socorro. Não chegou perto de ninguém pra pedir socorro". "A gente almoçou junto, mas a gente não brigou não", completou.

Segundo a ex-mulher, Bruno a entregou o filho de Eliza e pediu que ela cuidasse da criança. Antes disso, Luiz Ferreira Romão – o Macarrão -, e o goleiro saíram com Eliza e o bebê e só o filho da jovem voltou para o sítio. "(O goleiro) falou que ela tinha que resolver algumas coisas que ela tinha que ir a São Paulo isto foi o que ele me disse. Se e verdade ou não, só ele pode falar", disse.

Dayanne confirmou que escreveu uma carta para o promotor do caso. Sérgio Rosa Sales, o primo de Bruno, afirmou ter ouvido do menor envolvido no caso, que Eliza poderia ter sido morta. Ele falou pra mim: Dayanne, você tem que ficar tranquila porque se você não tivesse pegado, aceitado olhar o bebê na noite do dia 10. Aí intenção do Luiz Henrique era eliminar a criança. Eu não sei o que ele quis dizer eliminar".

Sobre a acusação de subtração de incapaz, a que ela foi presa no início de junho, ela disse que não concorda. "O pai da criança me pede pra cuidar da criança eu não vejo subtração. Se eu tivesse tirado ele dela de uma forma leviana, aí sim. Mas não foi assim que aconteceu" se defendeu.

Além de Dayanne, também vão responder em liberdade por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Elenilson Vitor da Silva, Wemerson Marques e Fernanda Gomes de Castro, sendo que esta última também vai a julgamento por sequestro e cárcere privado da própria Eliza.

O goleiro Bruno, o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão – o Macarrão -, Sérgio Rosa Sales estão presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Entenda o caso

A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza e a Justiça pronunciou todos eles. A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os acusados.

Em 2009, Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. O corpo de Eliza não foi encontrado.

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