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Grandioso e enigmático, túmulo no Cemitério Municipal S. Francisco de Paula desperta a curiosidade sobre seus significados | Clarissa Grassi/Arquivo pessoal
Grandioso e enigmático, túmulo no Cemitério Municipal S. Francisco de Paula desperta a curiosidade sobre seus significados| Foto: Clarissa Grassi/Arquivo pessoal

As pirâmides do Egito estão entre as formas tumulares mais conhecidas e reconhecidas pela sua grandiosidade e engenharia. A última morada dos faraós encanta e atrai os olhares mais curiosos há séculos. Enigmáticas e repletas de símbolos, suscitam a curiosidade sobre significados e geram teorias variadas. O fato é que a temática egípcia ainda permanece encantando e influenciando muitas construções.

Um dos momentos áureos da egiptomania foi vivido no final do século 19 e início do 20. Edificações dos mais variados tipos foram erguidas seguindo os cânones da arquitetura dessa civilização e, como não poderia deixar de ser, os cemitérios também abarcaram esse modismo. Muitos acreditam que túmulos com motivos egípcios tenham sido construídos sob influência do pertencimento à maçonaria ou à Ordem Rosa Cruz, o que pode ser verdade, mas não necessariamente.

A questão é que as influências na arte tumular foram replicadas a partir de polos geradores: Itália, França e Portugal. Escultores e marmoristas fizeram arte e influenciaram a monumentalidade de cemitérios em um sem fim de países. Um nome recorrente em diversas línguas e campos santos é o do escultor italiano Giulio Monteverde. Suas esculturas foram copiadas de forma incessante, inclusive em Curitiba.

Prova disso é a maneira como uma pirâmide prende os olhares de quem passa ao lado do Cemitério Municipal São Francisco de Paula. A mirada é de uma sacerdotisa que, acompanhada de uma esfinge, posa em frente a uma pirâmide de grandes proporções. Trata-se de uma réplica do túmulo executado pelo arquiteto Angelo Colla e por Monteverde no cemitério de Milão. Uma apropriação brasileira, presente também em cemitérios como o São João Batista, no Rio de Janeiro, e o cemitério de São José dos Pinhais. A diferença entre essas obras mora na sutileza dos significados, pois no processo de cópia alguns atributos foram inadvertidamente alterados.

A verticalização na cidade dos mortos

Assim como a cidade dos vivos, a ocupação das necrópoles também sofreu mudanças drásticas ao longo do tempo. A última morada, que em séculos anteriores era ocupada por apenas um habitante, precisou dar espaço para o uso mais racional dos terrenos.

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Da sacerdotisa original, talhada em mármore, o panejamento e proporções perderam a sutileza. Com a mão direita guarda uma ânfora recoberta por tecido, símbolo do luto. O receptáculo remete à ideia de transformação, mas também pode ser lido como a urna dos restos mortais. A esfinge – que na forma egípcia guarda as necrópoles – é representada por uma mutação do corpo de um leão com a cabeça de um homem. Enigmaticamente foi trocada pela versão grega, a inquiridora de Édipo, de seios desnudos, corpo de leão e cabelos como lã de carneiro.

No pórtico de entrada, a ave original que carrega o símbolo do ba, a alma para os egípcios, cristianizou-se e foi trocada pela pomba, que traz no bico o ramo de oliveira, apontando para Noé e o fim do dilúvio. A representação de sacerdotisas tocando harpa, nas laterais da porta de entrada, deu espaço a uma masculina, de trajes um pouco desconexos com a cronologia. Mas, encimando a porta, o Disco Solar de Hórus mantém-se inalterado. Simboliza a vitória da luz sobre a sombra; e do bem contra o mal, uma imagem de julgamento da alma.

Apropriadas ou não, essas modificações não retiraram a aura da construção. Popularidade que fez com que o túmulo da pirâmide fosse incorporado às lendas locais. Dizem que é passível de previsões futuras. Por meio de uma fotografia que se localiza dentro da construção, mostraria diferentes desfechos para o futuro de quem as olha pela porta. Talvez por isso um espírito alegre tenha deixado a imagem impressa de um faraó no chão do mausoléu. A previsão é grandiosa para todos.

Lista de falecimentos - 06/09/2015

Adiles dos Reis Martins, 89 anos. Profissão: do lar. Filiação: Aniceto Martins dos Reis e Maria Araci de Castilho. Sepultamento ontem.

Airton Lacerda das Neves, 51 anos. Profissão: borracheiro. Filiação: Antônio Moreira das Neves e Sebastiana de Lacerda Moreira. Sepultamento ontem.

Ana de Fátima dos Santos Seolim, 54 anos. Profissão: do lar. Filiação: Severo de Paula Santos e Iracema Frason Santos. Sepultamento ontem.

Anastácia Gawlik Kaminski, 81 anos. Profissão: do lar. Filiação: Wadislau Gawlik e Helena Gawlik. Sepultamento ontem.

Arcidia Alves dos Santos Ribeiro, 84 anos. Filiação: Graciano Alves dos Santos e Vitoriana Alves dos Santos. Sepultamento ontem.

Celso Pereira da Costa, 62 anos. Profissão: contador. Filiação: Henrique Pereira da Costa e Ione Dias Pereira. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Colônia Orleans, saindo da Capela Mortuária Paroquial do Orleans.

César Matheus Freitas, 17 anos. Profissão: estudante. Filiação: Osmar de Jesus Freitas e Sueli do Rocio Lubian. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial de Colônia Faria, em Colombo, saindo de residência.

Durval Martins de Araújo, 61 anos. Filiação: Joaquim Martins de Araújo e Madalena Martins. Sepultamento ontem.

Ilda Oliveira dos Santos, 86 anos. Profissão: do lar. Filiação: Joaquim Américo e Ana Rita de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial Abranches, saindo da Capela Vaticano - Turquesa.

Iracy Marinho, 74 anos. Filiação: Ismael Marinho e Fortunata Calegari Marinho. Sepultamento ontem.

José Roberto Ribas de Oliveira, 59 anos. Profissão: auxiliar de contabilidade. Filiação: José Ribas de Oliveira e Thereza Guisman Ribas. Sepultamento ontem.

Laureny Guerreiro Barbosa, 61 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: João Maria Barbosa e Leonilda Guerreiro Barbosa. Sepultamento ontem.

Lizete Nanci de Medeiros Nicolas, 84 anos. Profissão: professora. Filiação: Genesio Lins de Medeiros e Luíza Helena de Medeiros. Cerimônia hoje, no Crematório Vaticano, saindo da Capela Vaticano - Jade.

Lucimara Aparecida Pinto de Paula, 35 anos. Profissão: técnico administrativo. Filiação: Antenor da Silva de Paula e Benedita Madalena Pinto de Paula. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo de residência.

Mainard Dantas de Souza, 72 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Francisco Dantas de Souza e Izaura Ferreira dos Santos. Sepultamento ontem.

Manoel Batista dos Santos, 46 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Miguel Batista dos Santos e Geraldina Soares. Sepultamento ontem.

Maria Cândida Stricker Vieira, 63 anos. Profissão: professora. Filiação: Paulo de Figueiredo Vieira e Maria Judith Stricker Vieira. Sepultamento ontem.

Maria Geltirdes de Souza Hugen, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: Cezario Thomas de Souza e Maria Benta de Souza. Sepultamento ontem.

Maria Izabel Gutierrez, 91 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Gutierrez e Guadalupe Martinez Gutierrez. Sepultamento ontem.

Miguel dos Reis de Oliveira, 1 mês. Filiação: Marcos de Oliveira e Lucivania Aparecida dos Reis. Sepultamento ontem.

Olegário Mendes Pinheiro, 78 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Joaquim Mendes Pinheiro e Francisca Maria de Jesus. Sepultamento ontem.

Onofra Maria dos Reis, 74 anos. Profissão: zeladora. Filiação: Antônio Nicolau dos Reis e Dosvirgis Maria dos Reis. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Almirante Tamandaré, saindo da Capela Anjo da Guarda, em Almirante Tamandaré.

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