A delegada Selma Braga, do 2.º Distrito Policial, concluiu nesta quinta-feira (4) o inquérito policial que investigou a morte do bancário e ex-síndico Sérgio Alaor Kluppel, de 64 anos, que aconteceu no dia 27 de setembro. O síndico José Francisco Prestes, 58, foi indiciado pelo crime de homicídio triplamente qualificado.
"Também pedi a remoção de Prestes para o Complexo Penal. O juiz da Vara de Inquéritos Policiais vai decidir, quando os médicos liberarem, pela transferência do hospital para o Complexo Penal", afirmou a delegada.
O síndico Prestes é acusado de matar Kluppel, que era ex-síndico do edifício Barão de Cotegipe, com dois tiros na cabeça. Após os disparos, Prestes atirou duas vezes contra o próprio peito e foi internado no Hospital Evangélico. Kluppel investigava irregularidades na administração do atual síndico.
Pelas investigações da Polícia Civil, foi comprovado um desvio de cerca de R$ 19 mil das contas do condomínio. Na quarta-feira (3), a delegada Selma Braga tentou ouvir o depoimento de Prestes, mas aconselhado pela defesa, o síndico se reservou ao direito de ficar em silêncio e de se pronunciar somente em juízo.
Prestes foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado com três agravantes. Crime por motivo torpe, cometido por emboscada e para assegurar a impunidade em outro crime, o de irregularidade financeira nas contas do condomínio.
O advogado de Prestes, Marden Esper Maués, não acredita que o seu cliente será transferido para o Complexo Penal, que fica em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, nos próximos dias. "Somente o perito médico é que vai avaliar se meu cliente tem condições médicas de ser transferido. Prestes deve receber alta somente na próxima semana", garantiu o advogado. Maués não quis comentar o indiciamento de Prestes por homicídio triplamente qualificado. "Vamos discutir isso na fase judicial", definiu.
O crime
Sérgio Alaor Kluppel foi morto aos 64 anos no dia 27 de setembro, no salão de festas do edifício Barão de Cotegipe, no bairro Água Verde, em Curitiba. Prestes é acusado de fazer os dois disparos de pistola 765 contra Kluppel. Depois de atirar no bancário, Prestes deu dois tiros no próprio peito.
