O delegado Silvan Pereira passou a tarde desta terça-feira (03) prestando depoimento na Delegacia de Homicídios em inquérito que investiga o assassinato da menina Tayná Adriane da Silva, morta em junho em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Pereira era titular da Delegacia de Alto Maracanã, em Colombo, que comandou o início das investigações do caso. Após o depoimento de cerca de três horas, Pereira comemorou a oportunidade de poder falar sobre o caso. "Esta é a primeira vez que me pediram para falar. Se tivessem pedido antes, eu falaria", comentou. "Consegui colocar coisas objetivas e subjetivas para que ele [Cristiano Quintas, o atual delegado responsável pelo inquérito] tenha condições de analisar elementos para fornecer ao Ministério Público a real situação, para que as pessoas que devem paguem pelo crime."
Juntamente com outras 20 pessoas, Pereira foi denunciado pelo Ministério Público (MP-PR) pela participação em sessões de tortura contra quatro suspeitos iniciais de terem assassinado a jovem, e permaneceu preso por 104 dias. Ele defende que não houve tortura no Alto Maracanã e que os indiciados foram orientados para dizer isso para anular a confissão do crime.
O processo
O depoimento de Silvan aconteceu no dia em que Tayná completaria 15 anos de idade e faz parte de uma série de oitivas que a Delegacia de Homicídios está fazendo com outros policiais. Segundo Cristiano Quintas, responsável pelo inquérito, já foram ouvidas aproximadamente nove pessoas de Alto Maracanã. Ainda falta ouvir policiais de Araucária, Campo Largo, guardas municipais e, possivelmente, os quatro indiciados inicialmente. Como o atual prazo para conclusão do processo é 13 de dezembro, Quintas irá solicitar ao Ministério Público uma renovação por mais 30 dias.



