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Infância

Denúncia de abuso sexual em creche é investigada

Funcionária teria visto educador em atitude suspeita com aluna. Caso já foi levado à polícia, mas agressão ainda não foi confirmada

Pais mostram o Boletim de Ocorrência: revolta pelo comunicado somente após 15 dias do caso | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Pais mostram o Boletim de Ocorrência: revolta pelo comunicado somente após 15 dias do caso (Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo)

A Secretaria de Educação de Curitiba está investigando uma denúncia de agressão que teria sido cometida por um educador contra uma criança de 4 anos dentro de uma creche do município. De acordo com a diretora do Departamento de Educação Infantil da secretaria, Ida Regina Milleo de Mendonça, a suspeita ainda não está confirmada e se trata de um caso "totalmente isolado".

Há três semanas, uma educadora da creche teria visto o rapaz com a menina em atitude suspeita. A mãe ficou revoltada pelo fato de ter sido comunicada do caso somente 15 dias depois do flagrante e do início da sindicância da administração municipal. O servidor foi afastado e a Procuradoria-Geral do Município começou a investigar o caso.

A diretora de Educação Infantil afirmou que a atuação da prefeitura tem sido de "muito cuidado e rigor". "É uma suspeita", acentuou. Segundo ela, desde o início a criança foi acompanhada por pedagogos e psicólogos não demonstrando nenhuma alteração em relação ao comportamento. "A família foi avisada quando viu que era o momento para ter mais dados sobre a conduta dela em casa", salientou.

A mãe da menina conta que ficou em estado de choque quando soube da denúncia. A filha e o irmão gêmeo estão matriculados na creche desde os 8 meses de idade. De acordo com ela, a filha voltou a fazer xixi na cama, queria brincar de médico com o irmão e beijar na boca, mas a mãe não imaginou que a menina pudesse ter sido molestada. As duas crianças não estão mais indo para a creche desde que a família soube da suspeita.

Polícia

O caso foi levado também à Polícia Civil. Na tarde de terça-feira, um boletim de ocorrência foi registrado no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) pelos pais da criança. O superintendente, Luiz Augusto Dias de Souza, disse que nem ele nem a delegada-chefe do núcleo, Eunice Vieira Bonome, poderiam falar sobre a investigação. "Em casos onde há suspeita de violência envolvendo crianças, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê segredo de Justiça", afirmou.

Ontem pela manhã a criança foi levada ao Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba para a realização de exames. Hoje a família será ouvida na Procuradoria-Geral do Município.

Profissionais

Segundo a diretora do Departamento de Educação Infantil, Ida Mendonça, os profissionais que trabalham nas creches passam por concurso público, além de exames psicológicos antes de estabelecer contato com as crianças. "Nossos profissionais são dedicados, comprometidos com o que fazem e preocupados com o atendimento e a segurança dos meninos", diz.

A Secretaria de Educação também está fazendo um trabalho, neste momento, para acalmar os outros pais que têm filhos matriculados na creche onde ocorre a investigação. Em pequenos grupos, os pais estão sendo chamados para receber explicações sobre o caso.

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