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O Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen-PR) instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte de um detento, ocorrida nesta segunda-feira (21), em uma cela da Casa de Custódia de Piraquara (CCP), na região metropolitana de Curitiba. Um agente penitenciário e um advogado dizem que o preso morreu por falta de atendimento médico e que, mesmo após o óbito, o corpo teria permanecido por mais de dez horas na ala do complexo penitenciário.

O detento tinha 35 anos, mas o nome dele não foi divulgado. O interno teria passado mal no sábado (19) e recebido atendimento na enfermaria da CCP. Mesmo sem estar com quadro clínico estabilizado, ele teria sido reconduzido à cela. Um advogado de outros dois homens que estão presos na mesma ala disse que seus clientes relataram que o detento vomitava bastante e que todos gritavam, exigindo que o colega de cela fosse atendido. Apesar disso, o homem teria passado o domingo agonizando e acabou morrendo. Um agente penitenciário lotado na CCP também contou a mesma versão.

“Foi negligência exclusiva da Casa de Custódia, que negou atendimento. Os outros presos estão inconformados, porque o detento que morreu era um homem de bom comportamento, muito benquisto por todos”, disse o advogado. Outro preso também passou mal e, depois da morte do colega, foi atendido.

Além de determinar instauração de uma sindicância, o diretor do Depen-PR, delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, pediu à Polícia Civil que também investigue o caso. Ele destacou que o primeiro passo nas apurações é descobrir qual foi a causa da morte do preso.

“O maior interesse na apuração desta morte é do Depen. Vamos ver como as coisas se desenrolaram e se houve qualquer negligência, qualquer ilicitude, os autores serão responsabilizados”, garantiu Cartaxo.

Segundo as denúncias, apesar de a morte ter ocorrido na madrugada desta segunda-feira, o corpo só foi recolhido pelo Instituto Médico-Legal no início da tarde. A situação também teria revoltado os presos, segundo o agente penitenciário e o advogado consultados pela reportagem. O Depen-PR disse que não tem informações relacionadas a essa demora, mas assegurou que vai investigar essa informação.

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