Belo Horizonte Um dia após deixar a prisão da Polícia Federal, Juvenil Alves, deputado federal eleito pelo PT de Minas Gerais e advogado tributarista, voltou a ser preso ontem com mais oito advogados que trabalham para ele, acusados de coagir testemunhas. Além disso, enfrenta agora acusação de crime eleitoral, o que pode impedir sua diplomação pela Justiça Eleitoral.
Preso na semana passada sob acusação de "montar e executar" um esquema para blindar patrimônio de empresas devedoras de tributos que somam ao menos R$ 1 bilhão, as buscas da PF nos seus escritórios encontraram documentos relativos à sua campanha eleitoral.
Representação
Ontem, o Ministério Público disse que o órgão ajuizou representação contra o petista por crime eleitoral, após os documentos apreendidos na semana passada terem sido analisados pela corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral: "A ocorrência de caixa dois na campanha de Juvenil Alves acabou sendo confirmada pelos auditores do órgão técnico do Tribunal, que é responsável pela análise das prestações de contas dos candidatos".
Entre as supostas irregularidades estão captação de doações "sem a emissão de recibo eleitoral, sem trânsito pela conta bancária específica muitas delas foram depositadas em contas bancárias dos escritórios pertencentes ao deputado eleito e acobertadas com recibos de serviços que jamais foram prestados".



