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OPERAÇÃO FRACTAL

Deputado vai exonerar funcionário preso pela PF

Elieuton Francis Mayer, empregado de Waldyr Pugliesi (PMDB), seria líder de uma rede de contrabando de cigarros, conforme investigação

Mandados de busca e prisões foram cumpridos quinta-feira no Estado | Antônio More/Gazeta do Povo
Mandados de busca e prisões foram cumpridos quinta-feira no Estado (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

O deputado estadual Waldyr Pugliesi (PMDB) disse ontem que solicitou a exoneração de Elieuton Francis Mayer, funcionário do gabinete do parlamentar preso por suspeita de liderar uma rede de contrabando de cigarros. O político relatou que a exoneração ainda não ocorreu oficialmente, mas que foi solicitada para que tenha data de quinta-feira.

O empregado do gabinete de Pugliesi foi preso pela Polícia Federal (PF) na Operação Fractal. A investigação aponta que Mayer seria o líder de uma suposta rede contrabandista de cigarros envolvendo policiais e outros funcionários da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Entre as pessoas presas no Paraná estão o capitão Alexandre Dupas Pereira, que teve amplo trânsito na Casa Militar do ex-governador Roberto Requião; e o major Valmor Caetano Dellê. Outros seis policiais militares e um investigador da Polícia Civil também foram detidos.

Segundo a PF, o assessor parlamentar Elieuton Francis Mayer coordenava uma série de ações de tráfico de influência com o objetivo de transferir policiais militares para postos na fronteira com o Paraguai, onde os agentes facilitavam o contrabando de cigarros, principal fonte de renda da quadrilha. Os policiais também extorquiam contrabandistas de grupos concorrentes. Umuarama e Curitiba seriam duas das cidades em que o núcleo central da quadrilha agia.

De acordo com o coordenador da investigação, delegado José Iegas, Mayer era o principal articulador da quadrilha. Segundo o delegado, durante as investigações vários deputados foram mencionados, mas não há indício de que eles tenham participado das atividades criminosas. Por isso, os parlamentares não são alvo da investigação, que continua. A apuração corre sob segredo de Justiça.

A Polícia Federal informou que não foram realizadas novos mandados de busca e prisões ontem. Com isso, o número de presos pela operação permanece em 22. Desses, oito são policial militares, um é policial civil e um é assessor parlamentar. O restante são membros da quadrilha que não têm ligações com cargos públicos.

Além das prisões, a PF cumpriu quinta-feira vários mandados de condução coercitiva, uma forma de obrigar o investigado a prestar esclarecimentos. O coronel Carlos Alexandre Scheremeta, ex-corregedor da Polícia Militar do Paraná, foi um dos conduzidos até a sede da PF em Curitiba.

A reportagem entrou em contato com o gabinete do deputado Pugliesi e com o diretório do PMDB em Curitiba, mas nenhum dos dois locais soube informar se Meyer já teria um advogado para defendê-lo das acusações.

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