O desmoronamento de um barranco no bairro São Bráz em Curitiba bloqueou uma rua e atingiu dois veículos esta manhã. O incidente, que aconteceu por volta das 5h30, assustou os moradores das duas casas que ficam próximas à área atingida.
"A minha mãe acordou com o barulho e pensou que fosse um incêndio, por causa dos estalos. Mas eram as árvores que estavam sendo levadas pela lama. Até um pé de bananeira desabou lá de cima", conta o serralheiro Jackson Luiz da Silva, 41 anos.
A dona de casa Maria da Silva disse ao jornal Paraná TV 1º Edição que tomou um susto com o barulho. "Estava dormindo e escutamos um estalo, balançou tudo e tremeu. Sai na janela, vi que o barranco estava descendo e gritei para o genro sair, pois ele iria junto", conta aflita.
A atendente de telemarketing Janaína Aparecida da Silva, 25, que vive na casa com a mãe, o marido, duas filhas e a irmã, era dona dos carros: um Peugeot 206 e um Scénic. Ela conta que os vizinhos ajudaram a desenterrar os carros. "Moramos aqui há quase dez anos e nunca vimos nada parecido acontecer. Foi um susto, mas, felizmente, os carros não estragaram muito. Mas, estamos com medo que o resto do barranco desabe com a chuva de hoje à tarde, a minha filha não quer ficar mais aqui", conta.
O terreno, que é da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), deveria ser desocupado por causa de um córrego que passa pelo local.
Segundo Janaína, só serão permitidas casas a 30 metros dali, mas, por enquanto, a Cohab ainda não encontrou outro local para instalar as famílias. "Talvez, com isso que aconteceu, o processo se acelere", espera.
Como o barranco caiu sobre os canos, vários moradores da rua estão sem esgoto.
Segundo a Defesa Civil, por enquanto, as famílias não vão precisar deixar o local, a não ser que as chuvas se intensifiquem. Para evitar que um novo desmoronamento ocorra, atingindo as casas, o barranco será cortado por tratores.
Renato da Silva, da Defesa Civil, disse ao Paraná TV 1º Edição que "o que está instável é a parte de cima do barranco, que o trator vai cortar para diminuir o risco".
