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No Maranhão

Detento é encontrado morto no presídio de Pedrinhas

Apenas neste ano já são 16 mortos em presídios maranhenses, 12 deles em Pedrinhas

Um detento foi encontrado morto no interior de uma cela no pavilhão D da CCPJ (Central de Custódia de Presos) de Pedrinhas, em São Luís, na noite de segunda-feira (7). Apenas neste ano já são 16 mortos em presídios maranhenses, 12 deles em Pedrinhas.

Segundo a Sejap (Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária), o detento Luis Abreu de Araújo, 19, foi assassinado a chuçadas (com instrumento pontiagudo). Ele estava preso por tráfico de drogas.O titular da Delegacia de Homicídios esteve no local. O detentos que estavam na mesma cela que o homem morto prestarão esclarecimentos à polícia, de acordo com a Sejap.

No dia 1º de julho, outros dois detentos foram mortos em Pedrinhas. Segundo o governo do Maranhão, Jarlyson Belfort Cutrim, 21, foi encontrado já sem vida, com sinais de enforcamento, sozinho na cela do Centro de Triagem. Ele estava na unidade desde o dia 13 de junho e foi preso por homicídio doloso.

A polícia trabalhava com a hipótese de suicídio. O governo não deu detalhes sobre o que reforça essa suspeita, mas disse, em nota, que a hipótese é "evidenciada pelos laudos do Icrim, IML e pelas investigações da Polícia Civil".

Horas antes, na manhã do mesmo dia, Jhonatan da Silva Luz Ferreira, 20, foi achado morto por monitores no bloco D da CCPJ -neste caso, o governo não informou se havia sinais de agressão no corpo.

Barbárie

Pedrinhas tornou-se sinônimo de barbárie depois que detentos foram esquartejados e decapitados por companheiros de cela em rituais cruéis, a maioria deles durante rebeliões.

Somente no ano passado, 60 presos morreram em Pedrinhas, o que levou o Maranhão a ser denunciado pela OEA (Organização dos Estados Americanos) e por entidades brasileiras de defesa dos direitos humanos.

Apesar da comoção com as cenas de violência, até hoje a maioria dos crimes não foi esclarecida. Reportagem da Folha de S.Paulo apontou que, até maio, a polícia não havia solucionado 38 das mortes de Pedrinhas em 2013.

Desde o fim do ano passado, a Procuradoria-Geral da República estuda se pedirá à Justiça a intervenção do Maranhão, mas passado um semestre ainda não há uma definição.

O governo do Maranhão divulgou uma nota na qual informa que laudos do Instituto Médico Legal e da perícia criminal confirmaram os casos como dois suicídios e um homicídio -de Jhonatan da Silva Luz Ferreira.

Questionado sobre as circunstâncias do assassinato de Ferreira, o governo, por meio da assessoria de imprensa, disse que não poderia divulgar as informações porque o inquérito ainda está em andamento, "sob sigilo".

O governo afirmou ainda que "todos os casos de morte em presídios estão sendo apurados e, os culpados, responsabilizados".

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