
Após atuar como repórter nas mais variadas editorias de jornais semanais, o jornalista Abdo Kudri optou por montar um veículo próprio e diário para comandar em 4 de março de 1963. Assim nascia o Diário Popular, que ontem completou 44 anos de circulação pelas bancas de Curitiba.
Desse período todo, o fundador e presidente do jornal se recorda de um em especial. Com apenas um ano de atividade, o Diário Popular já enfrentou o seu pior adversário: a ditadura militar, que em 1964 chegou ao poder. Kudri recorda que por conta da censura era obrigado a ir diariamente à sede da Polícia Federal (PF) ouvir as diretrizes de o que os agentes queriam que fosse publicado. "Era um desrespeito sem tamanho à liberdade de imprensa. A dificuldade era diária, mas como jornalista não tem medo, conseguíamos ainda assim produzir um bom material", relata Kudri.
Crises
Além da ditadura, o Diário Popular conseguiu também vencer todas as crises econômicas que não foram poucas nesses 44 anos de história. Hoje o jornal, cuja sede fica na Avenida Marechal Deodoro, próxima à reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), conta com 65 funcionários, entre o pessoal da redação, gráfica e comercial.
Em seus 44 anos de idade, o Diário Popular também estimulou a sociedade paranaense a reconhecer os seus valores. Principalmente por meio dos prêmios Chuteira de Ouro que há 26 anos escala anualmente os 11 melhores jogadores e o técnico do Campeonato Paranaense e Melhores do Ano que há 27 anos homenageia os profissionais de maior destaque de diversas áreas. "É uma satisfação grande poder prestigiar o que há de melhor no estado dessa forma", afirma Kudri.



