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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Encontro com movimento por moradia

Pela manhã, assessores da presidente se reuniram com representantes do Movimento Popular por Moradia (MPM). A reunião foi uma concessão da presidência depois de uma série de protestos ontem, em movimentação nacional. Em Curitiba, foram queimados pneus e houve 1h30 de bloqueio da BR-376 pela manhã. A pressão é por mais agilidade na liberação e financiamento de moradias populares.

Veja como foi a reunião

  • Manifestantes do Sinditest pedem negociação com a presidente e criticam gastos da Copa
  • PM bloqueia local por onde Dilma deve passar para impedir a aproximação de manifestantes

Pouco antes da chegada da presidente Dilma Rousseff para a inauguração da Arena da Baixada, um grupo de cerca de 50 manifestantes se posicionou na entrada do estádio com cartazes e apitaço. Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest-PR) e do Movimento Mulheres em Luta (MML), eles protestaram contra os altos investimentos em obras ligadas à Copa do Mundo e a falta de diálogo com o governo.

A Polícia Militar (PM) fez um bloqueio na Rua Buenos Aires, ainda no entorno da Arena, para evitar que os manifestantes se aproximassem de onde a presidente iria passar. Eles gritavam "Ei, Dilma, vai cuidar do SUS". Ao fim da inspeção, por volta das 18h, Dilma saiu do estádio pela mesma rua onde acontecia o protesto, mas ninguém pode se aproximar por causa da ação dos policiais.

"Estamos 50 dias em greve. Estamos protestando porque a presidente não recebeu ainda os trabalhadores das universidades federais. Somos o pior salário do serviço público federal", disse a presidente do sindicato, Carla Cobalchini. Segundo ela, os servidores também estavam protestando contra a Copa do Mundo no Brasil. "A cidade de Curitiba vive um caos diário, no trânsito, com índices de criminalidade alto, trabalhadores sem moradia", comenta.

Carla conta que o piso salários desses servidores é de um salário mínimo e meio. A principal reivindicação da categoria é um aumento desse piso para três salários mínimos. Ela conta que a greve atinge o país inteiro com 90% de adesão.

"Menos Copa, mais saúde", "Dilma, respeite a educação. Negocie com os trabalhadores do Sinditest" e "Chega de dinheiro pra Copa", diziam os cartazes do pessoal do Sinditest. O MPL pediu mais recursos para o combate à violência contra as mulheres.

A previsão era de que a presidente chegasse à Arena por volta das 16h30, mas atrasou. Ela antes participou de evento no Cietep, no Jardim Botânico, para formalizar investimentos federais no metrô e em outras obras de mobilidade, que começou com uma hora de atraso.

Em sua passagem pela capital paranaense, Dilma anunciou a inclusão de obras de restauração do Contorno Sul de Curitiba no PAC 2 e uma nova estação na primeira fase do metrô de Curitiba.

A Av. Getúlio Vargas foi bloqueada no trecho próximo à Arena antes da chegada de Dilma por medida de segurança.

Curiosos

Além dos manifestantes, também houve concentração de pessoas esperando para ver a presidente em frente ao estádio. Eder de Jesus Severino e a mãe, Ivete Severino, vieram de Rebouças, no interior do estado. Eles estavam hospedados em Araucária, na região metropolitana, e decidiram fazer plantão em frente à Arena depois que viram sobre a visita de Dilma na televisão.

O ex-militar Mario Egídio Gruth, 69 anos, que se autodenomina "o profeta de Curitiba", aguardava a chegada da presidente para tentar conversar com ela. "Queria falar com ela, mas não consigo entrar, parece que o evento é só para convidados", disse.

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