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Por determinação da Justiça, o departamento de RH foi lacrado para a coleta de documentos que possam ajudar nas investigações | Valterci Santos - Gazeta do Povo
Por determinação da Justiça, o departamento de RH foi lacrado para a coleta de documentos que possam ajudar nas investigações| Foto: Valterci Santos - Gazeta do Povo

Duas pessoas foram presas nesta quinta-feira (27) acusadas de desvio de verba pública da prefeitura de Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Foram detidos o diretor do Departamento de Recursos Humanos do município, Osiel Mathias e a mulher dele, Fabiana Carla de Souza. A suspeita é que o casal tenha desviado cerca de R$ 650 mil da folha de pagamento da prefeitura entre julho de 2008 e julho de 2009.

Segundo Ozimo Costa Pereira, assessor jurídico da prefeitura de Rio Branco do Sul, o funcionário preso nesta manhã era responsável pelo envio mensal das folhas de pagamento da prefeitura à Caixa Econômica Federal, que fazia os depósitos. "No banco, ele solicitava salários a pessoas que não pertenciam ao quadro do município", explica Pereira. "Quando ia enviar os relatórios à secretaria de finanças, entretanto, os valores eram omitidos", explica.

O assessor conta que a fraude foi descoberta em julho, após uma consulta às contas em que os depósitos eram feitos pela Caixa. "Lá descobrimos que a prefeitura fazia pagamentos à mulher desse funcionário do RH, que nunca foi servidora municipal", diz. A prefeitura imediatamente acionou o MP, que analisou os pagamentos feitos no período de um ano, entre julho de 2008 e o mesmo mês deste ano. "Descobrimos que ele desviava, em média, de R$ 30 a 50 mil por mês, o que totalizou R$ 650 em 12 meses", conta Pereira.

As prisões foram realizadas em cumprimento a mandados expedidos pela Justiça a partir de investigações da própria prefeitura e do Ministério Público do Paraná (MP). Segundo a prefeitura da cidade, também por determinação da Justiça, o departamento de RH foi lacrado, para a coleta de documentos que possam ajudar nas investigações.

"Não saberei dizer com precisão, mas esse servidor trabalhava há mais de 10 anos na prefeitura", diz. Como é concursado, o funcionário permanecerá no quadro da prefeitura de Rio Branco do Sul enquanto as investigações não forem concluídas e não apontarem responsabilidade dele.

Além da mulher do servidor, o ex-secretário de Finanças do município, Adans Marcel Rausis Ferreira, também participaria do esquema. Ele também teve a prisão preventiva decretada porque alguns depósitos teriam sido feitos nas contas bancárias dele, segundo o MP-PR. Ferreira está foragido.

Um inquérito foi instaurado e a polícia civil tem dez dias para concluir as investigações e encaminhá-las ao Ministério Público para possível apresentação de processo judicial.

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