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O diretor-geral da Universidade de Maringá (Uningá) Ricardo Benedito de Oliveira, foi condenado por fraude em dados do Programa Universidade para Todos (Prouni) na quinta-feira (2). A condenação é do juízo da 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária da cidade do Noroeste. A ação foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e tramita em segredo de justiça.

A sentença foi de 3 anos e 22 dias de reclusão, mais 47 dias-multa. Além dele, diretores e alunas beneficiadas pelo esquema também foram condenadas. Todos eles podem apelar da decisão em liberdade. As penas privativas de liberdade impostas foram substituídas por restritivas de direitos, podendo a pena pecuniária alcançar até 360 salários mínimos.

Conforme o processo, Oliveira era coordenador do programa e inseriu informações falsas que favoreceram três estudantes do curso de Medicina, a receberem bolsas em 2008. Todas as universitárias tinham parentesco com funcionários da Uningá, como noticiou o programa Fantástico da Rede Globo, em 2010.

Belisa Cristina Stival é filha de Ney Stival, diretor de ensino à época. Camila Colombari é filha de Vania Colombari, também coordenadora de cursos profissionalizantes no mesmo período.

Outra aluna que também teria sido beneficiada, Milena Lacerda Colombari, sobrinha de Vania foi absolvida. No entendimento da Justiça, "a concessão no ano de 2005 para o curso de Biomedicina foi regular e não demonstrou a existência do fato criminoso durante a transferência para o curso de Medicina em 2008".

Em entrevista ao Fantástico, Vania disse que ganhava R$ 2.900 e "dependia exclusivamente do rendimento que recebia da instituição e que não tinha condições financeiras de bancar o curso da filha".

Também durante a entrevista, Stival, pai de Belisa, disse que não havia irregularidades, pois as bolsas distribuídas à universidade estavam sobrando. Mesma justificativa dada pelo diretor-geral. "Não teve procura e as únicas foram essas, dadas às filhas de funcionários." Após as denúncias, as alunas perderam o benefício.

A reportagem tentou contato com os réus e os advogados, mas ninguém havia retornado às ligações até as 19 horas.

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