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Acidente

Diretor do aeroporto diz que piloto chegou a pedir autorização para pouso

Aeronave de pequeno porte caiu perto de pista de resort, em Trancoso. Equipes trabalham na remoção dos corpos dos destroços do avião

Pouco antes da queda da aeronave de pequeno porte próximo à pista de um resort em Trancoso (BA), na noite de sexta-feira (22), o piloto da aeronave Jorge Lang Filho, de 56 anos, chegou a pedir autorização para a torre de controle para pousar o avião.

O diretor do aeroporto, Orlando Martinez, afirmou que as condições do tempo eram consideradas normais. "As condições eram totalmente operacionais, visuais, com balizamento na pista e controle de aproximação visual e luminoso", disse.

Segundo Martinez, não há pistas do que pode ter provocado o acidente. "O próprio comandante, por rádio, nos comunicou que tinha visão da pista. Não temos explicação", afirmou.

O avião caiu e explodiu, por volta de 21h, perto da cabeceira da pista de pouso em Trancoso. O avião havia decolado decolou de São Paulo às 18h30.

As causas do acidente serão investigadas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa). As equipes que vão colaborar na investigação chegam à região do acidente na tarde deste sábado.

Desde o início da manhã, peritos trabalham na remoção dos corpos dos destroços do avião. Os corpos serão encaminhados para o Departamento de Polícia Técnica de Porto Seguro para identificação preliminar e, depois, para o órgão em Salvador, onde serão submetidos a exames de DNA e análise de arcada dentária.

Segundo os bombeiros, ainda não é possível dizer o número exato de mortos. Os bombeiros estimam um número de vítimas entre 11 e 15 pessoas - neste último caso, 11 adultos e quatro crianças. Não há informações sobre mortos ou feridos em terra. Equipes do Corpo de Bombeiros permaneceram no local durante toda a madrugada e colaboram na remoção dos corpos das vítimas.

Investigações

O tenente-coronel aviador João Bieniek, integrante da equipe que vai investigar as causas do acidente, afirmou que a retirada dos corpos não prejudica o trabalho da Aeronáutica. De acordo com Bieniek, os técnicos do Seripe devem chegar ao local somente na tarde deste sábado.

"Nosso objetivo é fazer uma investigação para fins de prevenção. Provavelmente, haverá também uma investigação paralela da polícia para fins penais", afirmou Bieniek.

Empresário

A aeronave de prefixo PR-MOZ, pertencia ao empresário Roger Wright, proprietário da empresa Arsenal Investimentos e ex-diretor do Banco Garantia. As primeiras informações são a de que ele, a mulher, Lucilia Lins, e os dois filhos estavam a bordo do avião.

De acordo com a Aeronáutica, a aeronave havia acabado de passar pela inspeção anual de manutenção.

A primeira mulher de Roger Wright morreu no acidente com o Fokker 100 da Tam, no ano de 1996. Barbara Cecilia Luchsinger Wright estava entre os passageiros do voo 402, que caiu minutos após a decolagem no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Noventa passageiros, seis tripulantes e três pessoas em terra morreram após a queda sobre casas no Bairro do Jabaquara, Zona Sul da capital paulista.

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