São Paulo O diretor de cinema argentino Fabián Bielinsky, 47 anos, saudado internacionalmente pelo seu filme Nove Rainhas (2000), morreu na noite da última quarta-feira, no Hotel Marriot, em São Paulo, enquanto dormia, disseram fontes diplomáticas. Na segunda-feira, o cineasta compareceu à entrega dos prêmios Condor de Prata e recebeu seis prêmios por seu último filme, El Aura.
Supõe-se que o cineasta tenha sofrido um ataque cardíaco e, segundo o jornal argentino El Clarín, a equipe do hotel teve que derrubar ontem a porta do quarto onde ele estava hospedado. Segundo o principal jornal argentino, o cineasta sofria de hipertensão. Ele estava sozinho no quarto, trancado por dentro. Até a tarde de ontem ainda não havia sido realizada a autópsia do cadáver, por razões religiosas, já que Bielinsky era judeu.
O consulado argentino em São Paulo, e uma pessoa ligada ao cineasta, organizam os trâmites relativos à repatriação do corpo.
Bielinsky veio para o Brasil selecionar um elenco para uma produção não especificada, segundo publicou o El Clarín.
Bielinsky se formou em 1983 no Instituto Nacional de Cinematografia e trabalhou durante mais de 15 anos como ajudante de direção em cinema e publicidade. Em 1998, obteve o primeiro prêmio no concurso de Novos Talentos organizado pela produtora Patagonik Film Group, o que lhe permitiu realizar seu filme de estréia, Nove Rainhas, um sucesso de crítica e vendas que lhe valeu mais de 20 prêmios internacionais.
Seu segundo filme foi El Aura. Apesar de ter dirigido somente dois filmes, Bielinsky trabalhou como assistente de direção em Don´t Die Without Telling Me Where Are You Going e em Cohen vs. Rosi (1998).
