Comida sobrando no prato era rotina no Centro de Educação Infantil Tia Beth, em Curitiba. Duas professoras, cansadas de tanto desperdício, decidiram mudar a maneira como as crianças fariam as refeições. O prato e a colher de metal foram substituídos por materiais de plástico resistente. O conhecido PF (prato feito) também foi eliminado. Agora são os pequenos de 4 e 5 anos que devem escolher o que vão comer em um pequeno bufê. O resultado é que ninguém mais recebe o alimento que não quer ou fica com o prato cheio. Segundo uma das idealizadoras, Lorena Bartneak, o desperdício de alimentos foi reduzido em 95% na escola.
O projeto que recebeu o nome "Oba! Vamos comer de garfo e faca" é um dos finalistas da primeira edição do prêmio Fani Lerner, do Instituto Jaime Lerner. Outros nove estão na final e o vencedor, que vai ganhar R$ 5 mil, será divulgado amanhã, às 14h30, no Centro Israelita do Paraná. "Tivemos 50 inscritos. Selecionamos para a final um projeto de cada segmento: um que trabalhou com conscientização, outro que tem o foco nas crianças em risco, um terceiro que cuida de projetos educacionais [bibliotecas] e assim por diante", diz organizadora do prêmio, Ilana Lerner. "A intenção é reconhecer trabalhos que muitas vezes são feitos por apenas uma pessoa, mas nem por isso devem passar despercebidos", diz. O prêmio é uma homenagem a Fani Lerner, mulher do ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná Jaime Lerner. Ela morreu em maio do ano passado e foi idealizadora de diversos projetos na área infantil.



