Dois dias após o temporal que atingiu São Paulo, 353 mil locais continuam sem energia elétrica, segundo balanço feito pela Eletropaulo na noite desta terça-feira (13). Os dados incluem também ocorrências de dois dias de chuva. A maior parte dos moradores sem energia está em bairros das zonas Sul e Oeste da capital, além do município de Cotia, na Grande São Paulo.
Em nota, a concessionária informou que desde a manhã desta quarta-feira equipes trabalham no restabelecimento de energia "em ocorrências concentradas principalmente nas zonas sul e oeste da capital e nos municípios de Cotia, São Lourenço da Serra, Embú e Itapevi".
Ainda segundo a empresa, três dos 1750 circuitos elétricos da empresa estão desligados devido ao impacto das chuvas, principalmente por queda de árvores de grande porte sobre a rede elétrica.
A chuva de segunda-feira teve fortes ventos, que chegaram a 85 km/h, e registrou raios tanto na capital quanto na região metropolitana. Na tarde desta terça-feira, moradores de Paraisópolis, na zona sul, fizeram um protesto contra a falta de luz e energia. Os manifestantes fizeram barricadas com lixo e pneus. Um policial ficou ferido.
Mil árvores caíram
Na capital, em menos de 20 dias, 1 mil árvores caíram durante as chuvas, segundo levantamento feito pela prefeitura de São Paulo, mostrado pelo Bom Dia São Paulo, nesta quarta-feira. Em três temporais - 29 de dezembro, 7 e 12 de janeiro - caíram 600 destas 1 mil árvores. Engenheiros da prefeitura analisaram amostras de cerca de 100 árvores caídas e concluíram que 66% estavam, sadias. As outras 34% tinham problemas como cupim, mas não estavam ameaçadas.
"Precisamos estudar este fenômeno. Não estou afirmando que foi só o vento. Mas com certeza está ocorrendo alguma coisa na cidade, e o vento está se destacando, que em 12, 13 dias derrubou o que estava previsto para meio ano", disse à TV Globo Ricardo Teixeira, secretário da Coordenação das Subprefeituras.



