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Pelo menos dois ônibus devem ser fretados pela Paróquia São Cristóvão para levar fiéis de Paranaguá até Ampére, no Sudoeste do estado, para acompanhar o enterro do padre Adelir de Carli nesta sexta-feira (1º). De acordo com a paroquiana Eliana Aparecida dos Santos, que ficou responsável por organizar o transporte dos interessados em assistir ao enterro na cidade natal do padre, até esta manhã, quase 50 pessoas já haviam declarado interesse em viajar para Ampére.

"Muita gente ainda não confirmou porque precisa ver se vai conseguir liberação do trabalho, já que é dia útil", conta. A quantidade de ônibus que serão fretados deve ser fechada até o final do dia, e os custos serão pagos pela Paróquia São Cristóvão, segundo Eliana.

Na noite de quarta-feira (30), houve uma cerimônia comandada pelo padre Bruno Bach em homenagem a Carli. Até a manhã desta quinta-feira (31), Moacir de Carli, irmão do religioso, e o bispo de Paranaguá, Dom João Alves dos Santos, permaneciam na cidade de Macaé, Rio de Janeiro, aguardando a liberação do corpo, com previsão de retornar ao litoral paranaense no final da tarde.

De acordo com o bispo, o velório deve iniciar logo após a chegada do corpo na Paróquia São Cristóvão. "Se tudo correr bem velaremos o padre Adelir durante toda a madrugada. Na manhã de sexta-feira haverá uma missa em homenagem a ele". Logo em seguida, o corpo segue para a cidade de Ampére. O padre Bruno Bach, que substitui Adelir na Paróquia São Cristóvãoestima que cerca de 5 mil pessoas deverão acompanhar a missa em homenagem a Adelir.

Na terça-feira (29), o Instituto Médico Legal (IML) de Macaéconfirmou que os restos mortais encontrados a cerca de 100 quilômetros da costa de Maricá, no Rio de Janeiro eram do padre Adelir.

Vôo arriscado

O padre havia saído da cidade de Paranaguá na manhã do dia 20 de abril, um domingo, alçando vôo preso a balões de gás hélio e deveria pousar em Dourados (MS). Os ventos e o mau tempo teriam desviado o padre de seu percurso, levando-o à costa catarinense.

Com informações dadas na época do desaparecimento pelo Corpo de Bombeiros da cidade, pelas coordenadas recebidas da Capitania dos Portos, o padre teria desaparecido em uma região próxima ao balneário de Penha, que fica a cerca de 74 quilômetros de São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina.

Suspenso por cerca de mil balões, Carli queria ficar 20 horas no ar e bater o recorde neste tipo de vôo. Segundo a equipe que apoiava o padre, o recorde neste pertence a dois norte-americanos, que ficaram 19 horas no ar.

Além da marca histórica, o padre dizia que iria divulgar a Pastoral Rodoviária, de apoio a caminhoneiros. Mesmo com o céu nublado e pancadas de chuva, o padre manteve o vôo. Segundo o empresário José Agnaldo de Morais, da equipe de apoio, Carli chegou a ser aconselhado a adiar a viagem, mas se recusou.

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