Dois são presos acusados de comércio ilegal de pássaros

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Um homem que transportava 150 passarinhos escondidos em uma mala de viagem foi preso dentro de um ônibus de viagem nesta segunda-feira (26) por policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, do Batalhão da Polícia Ambiental e Polícia Rodoviária Federal. A ação policial aconteceu durante a madrugada na BR-116, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba.

José Anderson Costa Souza, 28 anos, foi flagrado dentro de um ônibus que seguia de Curitiba para São Paulo. Cerca de 70, dos 150 pássaros, já estavam mortos quando foram encontrados pelos policiais. Horas depois, segundo a agência de notícias do governo estadual, Pedro de Souza, 59, foi detido, em Colombo, também na região metropolitana da capital, acusado de ter vendido ilegalmente os pintassilgos e canários-da-terra para Costa.

De acordo com o delegado-titular da Delegacia do Meio Ambiente, Wilciomar Voltaire Garcia, uma revista feita no ônibus levou os policiais rodoviários a encontrarem os pássaros. Na mesma bagagem de Costa os policiais acharam um folheto de um aviário localizado na capital paulista, no Jardim Boa Vista. "Ele confessou repassar os animais para esse aviário. Vou comunicar à polícia de São Paulo para que verifique a legalidade desse estabelecimento", afirma Garcia.

A suspeita é que Costa tenha feito outras viagens ao Paraná em busca de pássaros que abastecem ilegalmente os aviários de São Paulo. O outro homem detido já estava sob liberdade condicional pelo mesmo crime: comercialização de animais silvestres. Na ocasião, ele foi flagrado com mais de 200 pássaros. "Mesmo assim, continuava com a atividade de vender pássaros. Ele é um receptador. Compra de vários caçadores e, quando reúne 150 a 200 pássaros, manda os aves para São Paulo", contou o delegado.

Os dois homens responderão termos circunstanciados e podem pegar de seis meses a um ano de prisão. Os pássaros que sobreviveram foram encaminhados para o Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas), da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), para recuperação e posterior retorno à mata.